Encontro de xerifes no clássico entre Náutico e Sport

Mais do que serem os destruidores das jogadas ofensivas dos adversários, Tiago Alves e Durval exercem um papel fundamental dentro de Náutico e Sport, respectivamente: o de líder.

Ao contrário dos xerifões clássicos, que falam bastante em campo, gesticulam, discutem com a arbitragem e buscam intimidar os atacantes rivais, os zagueiros alvirrubro e rubro-negro tem um perfil completamente diferente.

Bastante experientes, Tiago (32) e Durval (36) se identificam pela fala mansa e pela discrição. Enquanto o primeiro nasceu em Belo Horizonte e leva ao pé da letra a fama de mineirinho, o segundo é um paraibano arretado, de Cruz do Espírito Santo.

Dentro de campo, ambos têm a responsabilidade de orientar os seus companheiros e dar segurança ao sistema defensivo de suas equipes. Além disso, nesse momento de decisão, são fundamentais para passar confiança para o grupo, principalmente aos mais jovens. “Falo para eles terem tranquilidade. É um jogo diferente, um clima diferente, mas que é preciso fazer o que vem sendo feito. Não adianta tentar mudar agora. Só é necessário treinar mais do que vinha treinando e procurar ter sabedoria e discernimento na hora de executar em campo”, contou Tiago Alves.

MAGRÃO DEFENDE

Se a fase de Durval não é das melhores – a parte física do zagueiro vem sendo bastante questionada devido a idade avançada –, o seu companheiro de longa data tratou de ressaltar a importância do capitão leonino para a equipe. “Durval é um cara muito focado, comprometido e que se dedica ao clube ao máximo. Ele é fundamental para os demais jogadores, com sua experiência. Por tudo o que ele já jogou e ainda joga, estamos confiantes e juntos com ele”, contou Magrão (40), único atleta no elenco rubro-negro que é mais velho que o camisa 4.