Está se tornando uma prática natural no Náutico nos últimos anos: a crise se instalou no Timbu, chama Waldemar Lemos. Assim como aconteceu em 2009 e 2011, o treinador chega ao clube justamente no início do Brasileiro com a missão de trabalhar com uma receita modesta, atletas jovens e criar um ambiente favorável dentro do elenco para realizar uma boa competição nacional.
“É mais um desafio pra mim. Essas chances só aparecem assim... Se não tivesse problema aí (no Náutico) eu não seria chamado. Somos contratados para resolver os problemas. A minha expectativa é muito boa, pois é um clube que gosto e onde tenho muitos amigos”, disse Waldemar Lemos, em entrevista ao repórter Leonardo Bóris, da Rádio Jornal.
Com chegada prevista à capital pernambucana para o início da tarde desta terça-feira, o novo técnico timbu segue direto para o CT Wilson Campos, onde será apresentado ao elenco alvirrubro e comanda o seu primeiro treino. “Estou com 101% de ânimo nesse meu retorno ao Náutico. Já se passaram cinco anos que trabalhei pela última vez no clube, mas sigo o mesmo: com empolgação, sem relaxar e sempre procurando trabalhar da melhor maneira possível. Erros podem acontecer, mas vou me esforçar para as coisas caminharem bem”, falou.
Considerado um grande motivador, o experiente treinador de 62 anos sabe bem o que precisa fazer para que o Náutico entre na Série B sonhando com o acesso. “Precisamos criar um estímulo nos atletas. Transferir essa motivação apresentada na individualidade de cada um para o coletivo. Temos de ter um grupo bom e com um bom ambiente de trabalho. Espero que possa desenvolver essa condição, pois só assim vamos conseguir passar por cima de qualquer crise”, explicou.
O atacante Alison admite que está encontrando dificuldade para administrar seus compromissos com os atrasos salariais do @nauticope. pic.twitter.com/EktsIIlfTn— Jornal do Commercio (@jc_pe) 9 de maio de 2017
Waldemar já trabalhou com João Ananias, no Náutico, e com o lateral David, no Anápolis-GO. Outro que conhece de perto o treinador é Alison. “Quando estava no Atlético-GO enfrentei o time do Waldemar (Anápolis) pelo Estadual. Era uma equipe difícil e arrumada. Falei com um amigo que trabalhou com o Waldemar e ele me disse que é um técnico que gosta de trabalhar. O treino começa às 8h e só acaba às 12h. Espero que nos ajude a conseguir os nossos objetivos.”