A temporada 2017 está na metade e o Náutico já teve quatro comandantes: Dado Cavalcanti, Milton Cruz, Levi Gomes (interino) e, agora, Waldemar Lemos. A cada troca, os jogadores alvirrubros são obrigados a se adaptar a filosofia de trabalho do novo comandante, o que leva tempo. Até que a assimilação teórica se transforme em êxito em campo requer muito treino.
Por isso, Waldemar tem explorado bastante esses dias sem jogos para que os atletas possam compreender a maneira como o Náutico vai se portar durante a disputa da Série B. "O trabalho dele é mais forte. Ele gosta de trabalhar bastante tempo, com treinos mais longos. Sempre tem algo a mais para fazer. A gente estava acostumado a trabalhar à tarde, mas agora o horário mudou. Temos de nos adaptar ao jeito do novo treinador", falou Rodrigo Souza.
Mas essa intensidade nos treinamentos tem justificativa. Nas suas passagens anteriores pela capital pernambucana, Lemos sempre deixou claro que gosta de montar um time com bastante força na marcação e chegada rápida ao ataque. Para isso, todos os jogadores precisam estar bem condicionados fisicamente para suportar a maratona de jogos. "Acho que esses treinos com o sol bem mais forte ajuda a condicionar melhor. A gente vai pegar partidas bem difíceis pela frente e precisamos estar preparados", falou o volante.
Na conquista do acesso do Náutico em 2011, por exemplo, o time titular formado por Gideão; Peter, Marlon, Ronaldo Alves e Airton; Éverton, Elicarlos, Derley e Eduardo Ramos; Rogério e Kieza, atuou boa parte da competição graças ao bom condicionamento físico, o que também minimizou a quantidade de lesões ao longo do campeonato.
Parece que, nessa Segundona, Waldemar pretende utilizar a mesma fórmula que já deu certo no passado.