Náutico sem soldados importantes na reta final da Série B

Rafael Oliveira realizou apenas três jogos, se machucou e não joga pelo Náutico em 2017
Davi Saboya
Publicado em 08/10/2017 às 7:06
Rafael Oliveira realizou apenas três jogos, se machucou e não joga pelo Náutico em 2017 Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


Na zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro e convivendo com o fantasma da queda para Terceira Divisão, o ideal para o Náutico restando dez jogos para o fim da competição seria ter força máxima na equipe. No entanto, essa não é a realidade do time alvirrubro. O técnico Roberto Fernandes tem escalado o time nos últimos jogos junto com o departamento médico. Os casos mais sérios são os atacantes Rafael Oliveira, rompeu o ligamento cruzado do joelho direito, e Vinícius, devido a uma lombalgia. Ambos não irão mais atuar nesta temporada. Já os zagueiros Breno Calixto e Léo Carioca, o lateral-esquerdo Ávila e o atacante Iago sofreram as comuns lesões musculares do futebol, mas que tiraram os jogadores por cerca de duas semanas do time titular. No jogo da última sexta, na derrota para o Goiás por 2x0, o atacante Gilmar foi substituído ao sentir dores no joelho.

“As lesões musculares são mais evidentes no começo e final do jogo e no começo e final da temporada por conta do grau de sobrecarga e do ritmo grande durante todo um ano. Ainda mais em times que estão perdendo os jogos tem um percentual maior. O Náutico, no caso, está se entregando 120% nos treinos e jogos para reverter a situação na classificação da Série B. Mas tudo isso é esperado e trabalhado para tentar evitar”, afirmou o coordenador do departamento médico do Náutico, Francisco Couto.

Ele ainda destacou que durante a temporada existe um trabalho de vigilância do elenco em busca dos atletas que correm risco de lesões. “As contusões musculares são normais nos jogadores. Por isso, estamos sempre tentando identificar os jogadores que estão com riscos para fazer um trabalho diferenciado e evitar a baixa no time”, completou Couto.

As lesões musculares de Breno Calixto, Léo Carioca e Ávila foram defendendo a camisa do Náutico no estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, que tem um campo mais duro e irregular do que o normal. Para o departamento médico alvirrubro, esse pode ter sido um ponto que contribuiu para as lesões, visto que, anteriormente, o time vermelho e branco estava jogando no gramado “padrão Fifa” da Arena PE, além de treinar nos campos do Centro de Treinamento Wilson Campos, que têm a mesma qualidade. “O campo mais duro e irregular pode aumentar o risco de uma lesão, mas não é o único fator”, comentou Francisco Couto.

DIRETORIA

As perdas foram bastante sentidas pela diretoria do Náutico, que não pode contratar mais jogadores para Série B, que teve o prazo de inscrição de novos atletas encerrado no último mês. O goleiro Busato, o meia Rafinha e os atacantes Dico e Rafael Oliveira foram os últimos e únicos contratados na Era Roberto Fernandes. Esse último marcou um gol e realizou apenas três jogos antes de se machucar.

“São atletas que fazem falta numa reta final de campeonato pela experiência que tiveram em outras temporadas. Léo (Carioca), por exemplo, dentro de campo não teve tanta importância por conta do longo período se recuperando de uma lesão no tornozelo, mas fora, é um líder nato. Tenho certeza que ele e os outros (Ávila e Breno Calixto) vão nos ajudar nos jogos finais. Rafael (Oliveira) e Vinícius, que perdemos para o fim do ano, dispensam comentários. São dificuldades que, infelizmente, temos que conviver”, pontuou o vice-presidente de futebol do Náutico, Diógenes Braga.

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