Náutico: 'Não foi só o Brasileiro', analisa Gilmar

Atacante falou sobre o ano caótico, analisou sua volta e revelou mística com os Aflitos
Diego Toscano
Publicado em 26/11/2017 às 9:05
Atacante falou sobre o ano caótico, analisou sua volta e revelou mística com os Aflitos Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


Recuperando-se de lesão no joelho, o atacante Gilmar fez uma análise do Náutico e da sua segunda passagem pelo Timbu. Foi sincero ao afirmar que não foi bem nessa volta e citou que a reestruturação da equipe durante a Série B foi crucial para o rebaixamento. Falou também sobre o período no DM e da mística dos torcedores com a sua provável volta sendo apenas no estádio dos Aflitos, em abril.

2017

Infelizmente, (a temporada) não terminou do jeito que eu queria. Particularmente, tive um ano positivo. Fiz um estadual muito bom pelo Itumbiara-GO, onde consegui ser o artilheiro da competição. Vim pro Náutico e, mesmo com toda dificuldade que assola o clube, seja na parte política ou na questão financeira, tentamos de todas as maneiras (evitar o rebaixamento). Infelizmente, as coisas não foram bem e não conseguimos livrar o time da queda. Ainda tive uma lesão já na reta final da competição. Mas é ter cabeça no lugar e já focar em 2018.

RECUPERAÇÃO

Graças a Deus estou evoluindo. Clinicamente dão de seis a oito meses para voltar, mas eu acredito que, focando direitinho, dá para voltar um pouco antes disso. Já tive uma cirurgia dessa em 2010, e você começa a fazer trabalhos leves de campo em quatro meses. Vai depender muito da musculatura. Não posso queimar etapas para não correr o risco de ter outras lesões.

PERMANÊNCIA

A minha intenção é ficar. Até porque, devido a lesão, estou coberto pela lei e tenho no mínimo um ano (a mais no Náutico). Mas não estou preso nisso. Quero ter uma recuperação boa e permanecer no clube para dar a volta por cima no ano que vem. Começar do zero com todo mundo.

PASSAGEM RUIM

Sei que individualmente e coletivamente não fui bem. Mudei totalmente o meu estilo de jogo em algumas situações para ajudar o time, mas acabei prejudicando a equipe. Não tive o rendimento esperado, que estava tendo no Goiano e que os torcedores e a imprensa conhecem. Mas agora é focar bem para ter uma ótima recuperação e permanecer em 2018 para ajudar o clube.

AFLITOS

Por incrível que pareça, é isso que mais escuto do torcedor. Quando me veem na rua, que sabem que fiz uma cirurgia (no ligamento cruzado do joelho direito), muitos falam para ficar despreocupado que eu vou voltar jogando nos Aflitos, nossa casa. Isso me deixa muito alegre. Com a recuperação dos Aflitos, vamos sentir esse calor do torcedor, aquele apoio mais próximo. Tenho certeza que o Náutico só vai crescer e melhorar daqui pra frente.

SEM REPETIR

O problema do Náutico em 2017 não foi só o Brasileiro. Na Copa do Brasil, saiu na primeira fase. No Nordestão, não se classificou (pro mata-mata) e no Estadual não chegou na final. Um dos maiores erros do clube foi reestruturar a equipe durante a Série B. Se tivesse uma espinha dorsal, ia sofrer menos. Mas isso é passado. Em 2018, num clube da grandeza do Náutico é inadmissível entrar em uma competição sem pensar em títulos. As pessoas que vão ficar tem que ter a consciência da grandeza que o clube tem. Uma camisa muito forte. Que o ano de 2018 seja muito diferente para todos.

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