Há quase 20 meses vestindo o Náutico, a Topper pode deixar de ser o fornecedor de material esportivo do Timbu a partir de 2018. Passando por uma reestruturação para a próxima temporada, com enxugamento do quadro de parceiros, a empresa brasileira quer readequações no contrato com o clube alvirrubro, que se encerra só em 2019. Sentindo-se prejudicado, a equipe da Rosa e Silva já mandou um recado: ou cumpre com o vínculo, ou paga a multa e rescinde a parceria.
"A Topper fez uma proposta contra o que estava contratualmente estabelecido, e a gente não aceitou. Se forem exigir uma coisa que não está no contrato, vamos notificá-los. Precisamos do material, que também envolve o fornecimento e a venda de camisas. Agora, querem uma nova modelagem no que a gente tem acertado até o final de 2019. Do jeito que fizeram, não vamos aceitar", explicou Ivan Pinto da Rocha, presidente do Náutico.
Uma das mudanças propostas foi no lucro em cima das camisas oficiais, os chamados royalties. A Topper quer que o Náutico só ganhe quando ultrapassar a venda 30 mil camisas por ano. "Hoje, em estudo que fizemos, esse número gira em torno de 18 mil camisas no período. Na nova proposta deles, vamos ganhar praticamente nada. Não tem possibilidade de aceitarmos um negócio desse", frisou Ivan Pinto da Rocha.
A situação, porém, pode ser revertida. E por uma situação inusitada. "Não tem nada concreto ainda. A informação que eu tive é que a pessoa da Topper que estava negociando com a gente foi demitida. Aí, não sei como vão vir agora. Já os notificamos para que cumpram o contrato. Se eles vierem rescindir o acordo, tem multa", disse o mandatário do Náutico.
A adoção da marca própria, mesmo modelo adotado pelo rival Santa Cruz, com a Cobra Coral, e também por equipes como Paysandu (Lobo) e Fortaleza (Leão), também está na mesa do Náutico. "Se rescindirem o contrato, a marca própria é uma das hipóteses. Mas aí teria que haver um estudo mais complexo. Além disso, outras empresas também podem se interessar em patrocinar o clube", finalizou.