Jogador mais longevo atuando pelo Náutico, o goleiro Jefferson fez uma análise do ano de 2017 do Timbu. Falou também sobre o seu melhor momento com a camisa do Náutico em sete temporadas, do planejamento para 2018 e da volta aos Aflitos, já que é o único que já atuou lá no atual elenco.
Eu estou no Náutico desde 2011. No grupo que conseguiu o acesso (para a Série A), eu já participava. Em 2012, retornei pro juniores. Só fui efetivado mesmo no ano seguinte, e não saí mais.
Pra mim foi positivo, apesar do insucesso como equipe. Foi um ano que esperei muito. Só queria que fosse em condições melhores, com disputa pelo acesso ou coisas do tipo. Mas há males que vem para o bem né? A oportunidade caiu nas minhas mãos para mostrar meu trabalho. Acredito que fiz um bom trabalho e espero dar sequência no ano que vem para tirar o Náutico dessa situação o mais rápido possível.
A gente procura não conversar (com os outros que jogaram em 2017). Essa questão fica a cargo da diretoria e do Roberto (Fernandes, técnico), que estão na montagem do novo elenco. A gente queria que permanecessem mais jogadores, porque já teria uma base montada. Mas sabemos que vai ser uma reformulação muito grande. Espero que quem venha para cá em 2018 esteja com o intuito de se esforçar e fazer o máximo para conseguirmos colocar o Náutico na Série B novamente. Além disso, é preciso almejar coisas maiores, como o título do Pernambucano, que há muito tempo a gente não tem.
Espero dar sequência no meu trabalho e poder ajudar o Náutico da melhor forma. Sobre o clube, a diretoria está se esforçando para organizar, e espero que se tenha planejamento pra poder cumprir com as obrigações e não venha a sofrer como nesse ano. Tivemos duas eliminações precoces em competições importantes, na Copa do Nordeste e Copa do Brasil, além do insucesso no Pernambucano. Mas agora já passou e serve de exemplo para o pessoal que está assumindo agora. A gente sabe que não é fácil, mas precisamos colocar novamente o Náutico onde merece estar.
Cheguei a jogar no estádio em 2013, quando o técnico Alexandre Gallo colocou os juniores (na primeira fase do Pernambucano). Depois, já na Arena, voltamos para um jogo lá contra o Avaí (derrota por 1x0, em maio de 2014, pela Série B), que fiquei na reserva. Pude sentir um pouco da torcida. Vai ser muito importante ter o torcedor junto. Voltar a chamar nossa casa de Caldeirão. Lá, com a força deles, é realmente muito difícil o Náutico ser batido. Espero que essa volta, se realmente ocorrer, que venha só somar. Vai ser um caminho árduo, mas acredito que vamos ter êxito no final do ano.