A aposta na base, que deu certo em 2018, será repetida pelo Náutico na próxima temporada. Ontem, sete atletas que foram campeões do Pernambucano sub-17, na última quarta, subiram para o profissional do Timbu. Chance de ouro para os zagueiros Carlão e Vitor Vellaske, os volantes Miro e Luciano, o meio campista Luís Felipe e os atacantes Júlio, artilheiro da competição com 14 gols, e Thiago. Na atual temporada foram 15 atletas que tiveram chances na equipes principal, com destaques para o goleiro Bruno, o volante Luiz Henrique e o atacante Robinho.
“O Náutico já perdeu bons talentos por não serem aproveitados, às vezes pelo imediatismo do futebol, outras porque não é convicção do técnico ou diretoria. Agora, o trabalho é muito mais fácil até para captação de atletas. Muitos procuram e colocam o Náutico como primeira opção por essa perspectiva de jogar no profissional. Essa safra é fenomenal. Estou há 11 anos no clube e faz tempo que não vejo algo assim. A maioria está desde a escolinha. Grupo extremamente qualificado e acredito que quase todos serão aproveitados no profissional um dia”, afirmou Adriano Souza, técnico do sub-17.
Escolhido para representar os sete garotos na coletiva, o zagueiro Carlão já se deu bem na primeira ‘fogueira’: encarar as câmeras. “De ontem para hoje, nem consegui dormir (risos). Perguntei até a Camutanga como é uma coletiva. Disse para falar o básico e que dê para todo mundo entender”, confessou o jogador, que falou sobre a emoção de subir para o profissional. “Não tem como descrever o que estou sentindo. Só tenho a agradecer ao Náutico por tudo que vem fazendo em minha vida. Estou aqui desde pequeno e é o clube que torço”, disse.
Entre os profissionais, apoio para os garotos já ajudarem em 2019. “Importância muito grande ter a garotada treinando junto. Você acaba aprendendo com eles também. A gente passa experiência também. Que eles continuem trabalhando. Muitas vezes, você é campeão na base, acaba subindo à cabeça e se perde a humildade. É continuar trabalhando e mantendo os pés no chão”, aconselhou Rafael Assis.