“Construir coisas importantes para o clube não só no presente, mas principalmente no futuro”. Foi com esse pensamento que a delegação alvirrubra retornou da visita ao Newell’s Old Boys, adversário do dia 16 de dezembro, pela reabertura dos Aflitos. Mais do que contratações de jogadores, o presidente Edno Melo e o vice-presidente Diógenes Braga voltam da Argentina com convicção de que a parceria com os estrangeiros pode gerar frutos para o clube em várias frentes.
“Existe um vício que parceria de clubes passa por contratação de jogadores. Não é necessariamente isso. Conhecemos um clube tradicionalíssimo no futebol argentino, com alcance mundial. Lá, levamos a história de grandeza do Náutico. Mostramos que o Brasil não existe só Flamengo e Corinthians. Existem vários outros clubes grandes e o Náutico é um deles. E isso traz muito dividendos, seja na vinda e venda de jogadores ou em parcerias por patrocinadores. É possível haver parceria com vinda de jogadores? É. Mas o que a gente está buscando é muito maior do que simplesmente contratações”, afirmou Diógenes.
>Para além da visão macro, um dos objetivos do Náutico na visita ao Newell’s foi conhecer a estrutura do futebol, das categorias de base ao profissional. “O futebol deles tem linha única de condução. Base e profissional não são coisas distintas. Na questão de comissão técnica, já conseguimos fazer isso, com integração. Mas ainda falta a questão da gestão. Tenho essa visão e fiquei muito feliz de ver que eles também adotam”, explicou.
Por fim, Diógenes traçou semelhanças entre os clubes. “Nós estamos em momento de regaste, assim como eles. Não estão em situação financeira boa, tiveram problemas e estão em reestruturação. A direção deles é bem comprometida e moderna. Ficaram muito honrados com nossa escolha. O argentino tem uma questão sentimental muito forte de valorização de ídolos, títulos e momentos. Entenderam rapidamente o que significa a nossa volta pra casa”, finalizou.