Com os resultados recentes ruins, como a perda do Campeonato Pernambucano para o Sport, e derrota para ABC - pela Série C - e Campinense - pelo pré-Nordestão -, o Náutico acendeu o alerta para contratações. O desempenho da equipe tem deixado a desejar e fica nítida a falta de opções para o técnico tentar mudar o panorama das partidas. Desta forma, ele quase sempre recorre às mesmas alterações. E Márcio Goiano já revelou que conversa com a diretoria sobre esta questão e a direção prega calma para não errar na contratação.
"O processo de contratações é natural de quando se encerra o Estadual e começa o Campeonato Brasileiro. O que ocorre é que os jogadores reluta para jogar a Série C por conta do calendário menor. Enquanto o jogador pode esperar a Série B, ele espera. É preciso ter calma, senão você acaba trazendo uma peça que não ajuda ou paga mais. As contratações vão chegar aos poucos. Na medida que as peças vão rodando, nós vamos observando e acertando", comentou o vice-presidente de futebol do Náutico, Diógenes Braga.
O elenco timbu tem demonstrado carência nos setores defensivo e ofensivo. Atrás, lateral-esquerdo e zagueiro são as prioridades. Na ala, há apenas Assis como opção - já que Gabriel Araújo não renovou. Em caso de que ele não possa atuar, o volante Josa é improvisado naquele lado. Na defesa, a oscilação dos quatro componentes é grande, então existe a busca por alguém que chegue assumindo a titularidade. Lá na frente, meia e pontas são os alvos. O Náutico não tem um meia de armação de origem, e acaba utilizando Jorge Henrique e Danilo Pires na posição. Nos extremos, apesar de ter opções no banco como Rafael Assis, Matheus Carvalho e Tarcísio Martins, eles são pouco utilizados pelo treinador.
Com um elenco atual que possui 29 atletas, o Alvirrubro teria que fazer uma pequena reformulação para trazer mais jogadores. Desta forma, algumas peças teriam que deixar o clube, e a intenção da diretoria é de não dispensar, mas encontrar outro clube para eles. Porque, desta forma, não fica oneroso aos cofres do clube, já que não precisará pagar a rescisão contratual com cada jogador.
“Esse termo dispensa é danoso ao futebol, a quem faz com responsabilidade. Quando isso acontece, é preciso acertar a rescisão. E isso é caro, é quase o preço de uma contratação. O que vai acontecer é que jogadores que não tenham tanta utilização, iremos buscar clubes para encaixá-los com tranquilidade. Isso é uma irresponsabilidade e um dos grandes motivos do Náutico ter o passivo de hoje”, finalizou Diógenes.