'Por essa, nem o futuro esperava'. Com apenas 18 anos, Thiago vive um ano dos sonhos no Náutico. Na primeira temporada como profissional, o atacante é o artilheiro do time na Série C e se tornou o destaque no Timbu. Início no futebol, rápida ascensão no Náutico, propostas, sonho de jogar na Europa e até o passinho no vestiário. Depois do acesso à Série B, Thiago conversou com os repórteres Fernando Castro e João Victor Amorim, e abriu o jogo em entrevista exclusiva Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, contando detalhes de sua curta carreira como jogador profissional. Confira abaixo os principais pontos da entrevista.
Eu não imaginava que seria assim tão rápido, pelo fato de eu ser muito novo. Mas é como eu sempre costumo falar, venho trabalhando forte dentro de campo, sempre dando o meu máximo nos treinos, para que isso aconteça, eu possa estar firme na equipe. Agora é só manter essa pegada para eu voltar a balançar as redes, já estou sendo cobrado pela família, não marco há quatro jogos, mas se Deus quiser, contra o Juventude neste domingo, eu vou voltar a balançar as redes.
Eu não procuro saber muito disso, deixo mais para o meu empresário e para os diretores do Náutico. No Náutico eu fico mais focado no meu trabalho, no meu objetivo, que é render dentro de campo e dar resultados, para eu poder chegar nesse nível, de jogar fora do Brasil e chegar na Europa, que é o meu sonho.
É um peso muito grande, mas isso tudo é fruto do meu trabalho dentro de campo, eu não esperava que ia acontecer tão rápido, em menos de um ano a minha vida mudou muito, de uma forma que eu não esperava, estar passando por isso, ser um jogador importante para o clube e de ser uma venda tão grande, mas eu procuro esquecer isso um pouco e focar no meu objetivo, conseguimos o acesso e agora vamos em busca do título nacional, pretendo fazer de tudo para ajudar e, junto com meus companheiros, conquistar esse título.
Foi muito bom para mim, vai ficar marcado na minha carreira e na história do clube também. A gente vinha trabalhando no dia a dia muito forte, conversamos com o professor que a gente ia conseguir o acesso à Série B e graças a Deus conseguimos esse objetivo e agora vamos em busca do título.
Eu tava machucado, de repente todo mundo correndo, me puxando, foi uma emoção muito grande. Levaram tudo, minha camisa, meu short, é marcante. A gente até já imaginava isso se conseguíssemos o acesso, os torcedores invadindo o campo.
Sempre antes e depois dos jogos, quando a gente ganhava, eu ficava brincando, colocava as músicas e todo mundo ficava rindo, os jogadores ficavam na resenha e daí foi pegando, todo mundo começou a dançar e pegou. Inclusive no jogo contra o Paysandu, depois do acesso, na sede, os torcedores me chamavam para gravar dançando comigo.
Eu comecei no Náutico no sub-17, fiz o teste e passei no ano passado, fui avaliado durante duas semanas, procurei me dedicar para ser aprovado. Fui dando continuidade, até começar o pernambucano sub-17, fiz dois gols na estreia e antes de terminar o ano eu subi para o sub-20. Treinei alguns coletivos junto com o profissional, fui bem avaliado pelo professor Márcio Goiano, que me deu a primeira oportunidade na época. Neste ano participei da Copa São Paulo e já comecei a pré-temporada com os profissionais. Treinei, busquei meu espaço e no primeiro jogo com o profissional pude começar como titular e marcar o gol da reabertura dos Aflitos.
Eu participava de um projeto no Pina, Aprendendo com a Bola, e também de uma escolinha com um professor, viajava para participar de competições no interior de Pernambuco e a partir daí comecei a minha carreira no profissional. Ser jogador profissional era o meu sonho desde pequeno, era ali que eu sabia que podia ajudar minha família, eu não fazia outra coisa, não gostava de estudar, não vou mentir (risos), não terminei meus estudos, parei no primeiro ano, sempre me dedicando no futebol.
Não esperava que seria convocado para a seleção de base tão rápido. Quando eu fui convocado fiquei sabendo por um amigo, eu até brinquei com ele pensando que era mentira, depois fiquei sem reação, sem saber o que fazer. É fruto do meu trabalho, venho dando o meu melhor, ajudando minha equipe, meus companheiros, que me receberam bem, me dão conselhos, por ser mais velhos, estou começando minha carreira agora e é sempre bom ouvir os conselhos deles.
Foi uma experiência muito grande, essa semana que eu passei lá foi um períodos só de treinamentos, mas foi muito positivo, uma experiência boa. Agradeço ao professor André Jardine que me deu essa oportunidade, minha primeira convocação. Se Deus quiser, vamos lá, estou trabalhando para isso, chegar na seleção de novo e creio que eu vou chegar, estou trabalhando muito forte para isso e estou dando resultado dentro de campo.
Não só o jogo contra o Ceará, teve vários jogos, o da reabertura também, que eu pude fazer o gol e foi ali que coloquei na minha cabeça que eu podia chegar em um patamar alto. A partir dali tive o incentivo de trabalhar mais forte, me dedicar a cada dia, para chegar no meu sonho de pequeno, de jogar na Europa.