O vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga, ficou na bronca com a ausência da Polícia Militar, que não compareceu ao jogo para comandar a logística de segurança na vitória do Timbu sobre o Juventude, no estádio dos Aflitos. O dirigente destacou o comportamento dos mais de 13 mil torcedores que assistiram ao jogo e à Guarda Municipal, que ficou responsável pela segurança da partida.
“É preciso o clube estar aqui representado por mim, para que a gente agradeça o comportamento do nosso torcedor. Nós fomos vítimas de uma retaliação covarde, de um biquinho de uma entidade muito importante para a sociedade. E a compreensão da torcida de ter comportamento foi fundamental. Então, o Náutico vem agradecer a torcida o comportamento. Igualmente o clube vem agradecer a guarda municipal, que veio trabalhar no jogo e, apesar de um efetivo pequeno, se desdobraram. E, apesar de talvez não ser adequado, eu preciso dizer: que se no próximo jogo a PM continuar de biquinho não precisa vir não, a torcida do Náutico, com o seu comportamento, e a guarda municipal conseguem manter a ordem”, desabafou.
RESPOSTA DA POLÍCIA MILITAR
Com a decisão judicial do retorno do jogo Náutico x Juventude para hoje, o Náutico se comprometeu a contratar 200 seguranças, que fizeram a segurança interna dos Aflitos. A PM fez o patrulhamento externo do estádio, com viaturas, motos e policiamento a pé.
Como a decisão judicial final sobre a data do jogo só chegou ao conhecimento da PM no início da noite de sexta-feira, foi necessário rever toda uma estrutura que estava definida para escala do efetivo, não apenas para essa partida de futebol, mas para os inúmeros eventos que acontecem da capital ao Sertão, neste domingo.
PROBLEMA
O problema surgiu por conta do show da banda norte-americana Bon Jovi, marcado para este domingo, a partir das 20h, no Arruda. A Polícia Miliar entrou com pedido no Ministério Público para adiamento da partida da Série C alegando baixo efetivo para garantir a logística dos dois eventos. No entanto, na noite da última sexta-feira, o Náutico junto com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) entrou com um mandado de segurança cível e conseguiu derrubar a decisão na Justiça.
O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, disse que achou estranho a postura da Polícia Militar. "O trabalho da Polícia Militar é responsabilidade do Governo do Estado, a Federação não tem nada a ver com a polícia. Me dou muito bem com a polícia, mas estranhei o comportamento hoje, com uma conduta inusitada. Decisões judiciais não se discute, quando a justiça mandou alterar a data do jogo, eu adiei, depois que a justiça determinou que o jogo acontecesse na data original, eu agi da mesma maneira. Para o jogo da próxima semana, vamos esperar normalmente a presença da polícia, agora se eles fazem ou deixam de fazer a segurança não é problema meu", disse o mandatário.