O departamento jurídico do Náutico recebeu mais uma notificação esta semana. Desta vez, o clube foi acionado na Justiça de São Paulo e terá que pagar cerca de R$ 300 mil em honorários para a Carlezzo Advogados Associados, empresa paulista que foi contratada para monitorar cobranças e pagamentos do direito de formação de atletas. De acordo com o vice-presidente jurídico do Timbu, Bruno Becker, há equívocos no processo e o clube vai recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo. "A gente vai apontar três equívocos e a gente espera uma revisão porque o escritório (de advocacia) não pode receber o pagamento de um serviço como um todo se ele só realizou um serviço", argumentou. O processo é referente aos atacantes Rony e Reynaldo, zagueiro Flávio Ramos e o volante Sandro Manoel.
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O dirigente explicou a situação em entrevista ao comentarista da Rádio Jornal Ralph de Carvalho. "O clube já tinha contrato com outro escritório, que é conhecido por todos e advoga para o Náutico nas demandas da Fifa, CBF e STJD. E faz parte do escopo do contrato essas cobranças de direito do formação e tudo mais dessas normas da Fifa. Na gestão anterior, em 2016 e 2017, por equívoco, acredito eu, foi fechado um contato com esse escritório de São Paulo, o Carlezzo, e o objetivo era mapear e cobrar possíveis clubes valores referentes a esses direitos de formação. Por equívoco porque já existia um contrato com outro escritório para prestar esse tipo de serviço. Quando percebemos, reincidimos o contrato com o Carlezzo, porque a gente não pode ter dois escritórios fazendo o mesmo serviço. Só que do início até a data da rescisão eles chegaram a enviar notificações extrajudiciais para esses clubes de que deviam valores ao Náutico em razão de direito de formação. Eles não participaram de absolutamente nada que gerasse o recebimento desses valores pelo Náutico", argumentou Becker.
Vice-presidente jurídico do Náutico explica cobrança de empresa em parte das vendas de jogadores
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EQUÍVOCOS
O vice-presidente jurídico do Timbu aponta três equívocos na sentença. "Eles judicializaram alegando que tinham trabalhado em razão desses mecanismo desses direitos de formação, o que não é verdade. Enfim, nós apresentamos defesa. A juíza equivocadamente proferiu a sentença alegando que escritório tem direito a 20% de todos esses valores sobre o direito de formação. São três equívocos que observamos na sentença. A juíza considerou que Carlezzo tem direito de receber 20%. Isso aconteceria se o Náutico tivesse êxito no recebimento e se o escritório tivesse trabalhado do início ao fim, o que não aconteceu. Eles só enviaram a notificação e não prestaram mais nenhum serviço de advocacia
O escritório Carlezzo Advogados Associados, por sua vez, garante que realizou um monitoramento ininterrupto e minucioso do mercado de transferências do futebol, a fim de identificar casos nos quais o clube poderia ser beneficiado pelos direitos de formação de atletas. Analisou o histórico de jogadores que já estiveram em algum momento registrados no clube, a fim de verificar a ocorrência de transferências pretéritas que ainda estivessem em tempo de serem cobradas", diz trecho do documento da empresa.