O atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius foi considerado inocente da acusação de assassinato premeditado de sua namorada, Reeva Steenkamp, nesta quinta-feira, depois que a juíza rejeitou as acusações mais graves contra ele.
"O Estado claramente não provou além da dúvida razoável que o acusado é culpado de assassinato premeditado", declarou a magistrada Thokozile Masipa, antes de tratar da acusação de homicídio culposo.
"Observada em sua totalidade, a evidência não conseguiu demonstrar que o acusado tinha a intenção necessária de matar a vítima, e muito menos com premeditação", disse Masipa.
"É evidente que ele não previu objetivamente esta possibilidade, que ele iria matar a pessoa que estava atrás da porta", declarou ao rejeitar mais tarde a acusação de homicídio comum.
"Deduz-se que o acusado acreditava que sua vida estava em risco e, portanto, não pode ser considerado culpado de homicídio doloso", declarou a juíza.
O atleta paralímpico de 27 anos, sentado no banco dos réus, se curvou e colocou a cabeça entre as mãos após o anúncio da juíza.
Pistorius ainda pode ser considerado culpado de homicídio culposo, o que poderia resultar em uma pena condicional, a um período longo na prisão ou ainda a absolvição.
Uma condenação por morte premeditada significaria a prisão perpétua para o atleta, que viu sua vida virar de pernas para o ar em 14 de fevereiro de 2013, dia dos namorados, data da morte de Reeva.