Supenso pela CNA (Comissão Atlética do Estado de Nevada) desde fevereiro, o lutador de MMA Anderson Silva admitiu o consumo de ansiolíticos, mas negou que tenha uso esteroides.
O depoimento foi dado durante a sessão do julgamento por doping em Las Vegas, nos Estados Unidos, na tarde desta quinta-feira (13).
O advogado reforçou que o brasileiro tomou a substância na noite antes da luta porque estava ansioso e com insônia.
No caso dos esteroides, a defesa argumentou que ele foram consumidos involuntariamente junto a um suplemento alimentar que fora contaminado. A maneira como ocorreu a contaminação não foi explicada.
Na argumentação, o advogado pediu clemência e lembrou do histórico exemplar do brasileiro.
ENTENDA O CASO
Silva foi pego no doping em três exames antes e depois da luta contra o norte-americano Nick Diaz, no dia 9 de janeiro, em Las Vegas. Nas amostras colhidas foram verificadas presenças de esteroides anabolizantes e ansiolíticos.
Em um segundo teste antidoping fora de competição do "Spider", feito no dia 19 de janeiro, deu negativo para uso de substâncias proibidas.
Entretanto testes realizados no dia do duelo com Diaz confirmaram a utlização de drostanolona e de medicamentos utilizados no combate à ansiedade e insônia (oxazepam e temazepan).
Pouco menos de um mês depois, o lutador foi suspenso temporariamente da competição. Diaz, o adversário, foi suspenso por uso de maconha.
Na ocasião, ele retornava ao octógono do UFC após mais de um ano inativo, quando se recuperava da fratura sofrida na perna durante a revanche com o americano campeão dos médios Chris Weidman.