Gabriel Pinheiro comemora ano de estreia na seleção olímpica de judô

Com a convocação para o Grand Slam de Tóquio, no Japão, já definida, o pernambucano Gabriel Pinheiro, de 21 anos, pode dar como encerrada a sua participação na seleção brasileira olímpica de judô em 2015. O evento, entre 4 e 6 do próximo mês, finaliza o calendário de disputas do País no Circuito Mundial. Ainda assim, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) optou por ficar sem um representante na categoria até 66kg, justamente a de Gabriel. 

“Procurei a CBJ para saber a razão da ausência. Bom, tudo se resume à crise. Charles Chibana, que é o titular, está machucado. Eu tinha acabado de lutar o Grand Slam de Abu Dhabi e Ricardo (Júnior, o terceiro do País na até 66kg) o de Paris. Então, para economizar, eles optaram por não levar ninguém”, contou.

Mesmo sem ter a chance de lutar uma das competições mais fortes do ano, justamente por acontecer no País onde o judô nasceu, o pernambucano avaliou como positivo o seu ano de estreia na seleção olímpica. Antes de Gabriel, Pernambuco jamais teve um atleta na equipe masculina, apesar dos mais de 40 anos de fundação da Federação Pernambucana de Judô (FPJU). 

No primeiro semestre, Gabriel disputou torneios de nível Pan-Americano, como os Opens de Montevidéu (URU), Buenos Aires (ARG), Bucaramanga (COL) e São Salvador (ESA). A partir de julho, foi destacado para duas importantes competições do Circuito Mundial. Lutou o Grand Prix de Samsun, na Turquia, e o Grand Slam de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. “Foi um ano de muito aprendizado. Não estava acostumado a lutar competições de nível tão alto, já que vinha representando o Brasil na seleção de base. Sinto que evolui muito, também por conviver com grandes nomes, como Luciano Corrêa (namorado da nadadora Joanna Maranhão)”, comentou.

Em 2016 Gabriel Pinheiro continua a serviço da seleção brasileira olímpica. Apesar de Charles Chibana ser o titular absoluto da até 66kg, ele não descarta a sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. É que a CBJ pode optar por levar dois judocas em uma mesma classe de peso. Caso isso aconteça, ele só vai precisar estar a frente do mineiro Ricardo Júnior no ranking mundial para lutar a primeira Olimpíada da carreira.