A menos de um ano para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto de 2016, a delegação brasileira sofreu uma baixa importante. As principais ginastas do Brasil, que dependem da repescagem para conquistar uma vaga no evento, estão sem técnico. Por causa de atrasos salariais, o ucraniano Oleg Ostapenko pôs fim à sua segunda passagem pelo Brasil e voltou para seu país de origem, ao lado da esposa Nadia.
Oleg comandou a seleção brasileira entre 2001 e 2008, quando trabalhou com as medalhistas mundiais Daiane dos Santos e Daniele Hypolito. Ao fim do ciclo olímpico de Pequim-2008, no qual a equipe verde e amarela terminou em oitavo lugar, o ucraniano anunciou sua saída e foi treinar o time russo juvenil.
Ele retornou ao Brasil em 2011 para treinar as ginastas do Centro de Excelência de Ginástica (Cegin), em Curitiba, visando às Olimpíadas do Rio de Janeiro. Mas a inadimplência por parte das entidades nacionais obrigou o treinador a deixar o trabalho pela metade.
De acordo com o jornal O Globo, o salário de Oleg e dos outros treinadores era mantido através da Lei de Incentivo Fiscal, e dependia da captação de recursos com empresas privadas, que destinam parte do dinheiro de impostos a projetos esportivos. A crise econômica deixou as captações abaixo do esperado, obrigando o Comitê Olímpico do Brasil (COB) a intervir para manter o ucraniano, no mínimo, até o Mundial de Glasgow, disputado em outubro.