O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou nesta quarta-feira que "não existem provas neste momento", depois da imprensa publicar na terça-feira a informação de que a justiça francesa estaria investigando desde dezembro suspeitas de corrupção na atribuição dos Jogos do Rio-2016 e Tóquio-2020.
"Sabemos que nenhuma organização, governo ou entidade está livre da corrupção", declarou Bach em coletiva de imprensa, após uma reunião da comissão executiva do COI, em Lausana.
"Neste caso, desde que apareceram os primeiros rumores, contactamos a Agência Mundial Antidoping (Wada) para oferecer as informações necessárias e não existem provas neste momento", completou.
A justiça francesa confirmou na terça-feira que investiga desde dezembro suspeitas de corrupção em relação às atribuições das sedes dos Jogos Olímpicos ao Rio de Janeiro (2016) e Tóquio (2020), confirmando assim a informação do jornal britânico The Guardian.
Esta investigação, uma iniciativa da Procuradoria Nacional Financeira (PNF) francesa), é consequência da investigação de novembro que terminou no processo por corrupção do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), Lamine Diack.
"O COI faz tudo que uma organização pode fazer para tratar esta questão da corrupção, com uma política de tolerância zero", afirmou Bach.
No caso de Lamine Diack e sua família, "um dia depois de receber as provas, o suspendemos de suas funções como membro honorário do COI", completou.
O senegalês, de 82 anos, 15 à frente da Iaaf, é suspeito de ter ocultado testes positivos de doping de atletas russos em troca de dinheiro. Diack, que deixou a presidência da Iaaf em agosto do ano passado, é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.