Pelé e Obama prestam homenagens após morte de Muhammad Ali

Ex-lutador morreu de complicações respiratórias ocasionadas pelo Mal de Parkinson
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 04/06/2016 às 14:22
Ex-lutador morreu de complicações respiratórias ocasionadas pelo Mal de Parkinson Foto: Foto: Reprodução/Instagram


Muhammad Ali é considerado um dos melhores boxeadores de todos os tempos, mas seu impacto transcendeu as barreiras da modalidade. Tanto pela revolução que causou no esporte, quanto pela personalidade forte e a luta pela igualdade racial, o norte-americano inspirou pessoas de todas as classes e segmentos ao redor do mundo. Por isso, sua morte na madrugada de sexta-feira (3) para sábado (4), após complicações respiratórias ocasionadas pelo Mal de Parkinson, foi tão lamentada.

Até mesmo o maior jogador de futebol de todos os tempos, tão acostumado a ser idolatrado por todos, revelou ele próprio ser fã do boxeador, a quem prestou reverência e chamou de "herói".

"O universo do esporte sofre uma grande perda. Muhammad Ali era meu amigo, meu ídolo, meu herói. Passamos muitos momentos juntos e sempre mantivemos contatos todos esses anos. A tristeza é enorme. Desejo que ele descanse junto a Deus e amor e força à sua família", escreveu Pelé em sua página no Facebook.

Muhammad Ali fez mais de 60 lutas profissionais em sua vitoriosa carreira e as derrotas podem ser contadas nos dedos de uma mão. Com uma técnica impecável e uma resistência fora do comum, ele tornou-se uma lenda no mundo do boxe. Não só pelo seu talento em cima do ringue, mas também por uma postura política que não era comum em atletas de grande expressão.

Ele ficou conhecido como defensor da igualdade racial e se recusou a combater na Guerra do Vietnã após alegar que não via motivos para lutar contra os vietcongues porque "nenhum deles me chamou de crioulo". Também causou polêmica ao se converter ao islamismo e adotar Mohammad Ali como nome e depois explicar que não queria usar seu sobrenome de escravo que ele não havia escolhido.

Entre outros, Ali inspirou com sua luta Barack Obama, que posteriormente seria o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos. Por isso, Obama também fez questão de reverenciar o boxeador, principalmente por sua postura longe do esporte.

"Ele foi um homem que lutou pelo que era certo. Se levantou quando era difícil, falou quando os outros se calaram. Sua luta fora do ringue custou seu título e imagem pública, deu-lhe inimigos, mas Ali manteve sua posição. E sua vitória ajudou a nos acostumar com a América que reconhecemos hoje. Como todos no planeta, Michelle e eu lamentamos sua morte. Mas também somos gratos a Deus pela sorte que tivemos por tê-lo conhecido, ainda que só por um pouco; o quão afortunados somos pelo fato de o maior de todos ter escolhido agraciar nosso tempo", comentou.

Se o maior de todos os tempos no futebol idolatrava Ali, o melhor jogador de basquete da história não ficou atrás. Michael Jordan foi outro que divulgou nota lamentando a morte do boxeador e elogiando seu ídolo.

"É um dia triste para mim e para o mundo. Muhammad Ali foi gigante nos esportes e maior ainda na vida. Ele dizia que era 'O Maior' e estava certo. Ele foi o maior de sua era nos ringues e um ícone global nos esportes. Eu era criança, mas consigo me lembra de algumas de suas lutas épicas e estilo impecável. Meus sinceros pêsames a sua esposa Lonnie, seus filhos e sua família", comentou.

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