Depois que a Federação Internacional de Basquete (Fiba) suspendeu a Confederação Brasileira (CBB) de competições internacionais, um grupo liderado pelo pernambucano Ênio Guimarães e pelo paranaense Amarildo Rosa elaborou um plano de reestruturação para gerir a entidade a partir de 2017. Dezesseis federações e a associação de atletas enviaram uma carta à Fiba apresentando a proposta oficial de gestão.
Os dirigentes se reuniram semana passada para discutir as medidas para reerguer a confederação. De acordo com Ênio, a CBB tem uma dívida de R$ 17 milhões e precisa eliminá-la. Para isso, eles pretendem enxugar o orçamento da entidade. “Queremos promover um choque de gestão. Reduzir as despesas e procurar receita. Fortalecer a base, o quadro de arbitragem e realizar clínica para técnicos. Então, entregamos uma carta apresentando nossa intenção de manter a confederação sob o controle das federações”, comentou o dirigente pernambucano.
O grupo também discutiu as eleições da CBB, marcadas para março de 2017. Amarildo e Ênio, presidentes das federações do Paraná e Pernambuco, nessa ordem, serão candidatos à presidente e vice na chapa de oposição. “O nome do grupo que formamos é ‘Bola na Cesta’ e fizemos a reunião para lançar a chapa e apresentar o plano de ação para reestruturação da CBB”, comentou.
Nos bastidores, discute-se que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) intervenha na CBB, como já fez com a extinta Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), em 2008. O desfecho daquela história, aliás, foi a criação de uma nova entidade gestora da vela no País, a CBVela, liderada principalmente por ex-atletas.
Agora, as federações indicam que não querem perder o comando da CBB - foram elas que elegeram e reelegeram Carlos Nunes, afinal.