A Uninassau Basquete não se saiu bem na segunda partida da melhor de cinco que define o campeão da Liga de Basquete Feminino (LBF). Jogando contra o Corinthians/Americana, nesta segunda-feira (24/04) no Centro Cívico de Americana, as pernambucanas não repetiram a atuação do último sábado, quando venceram as paulistas por 73x62, e perderam por incríveis 78x57. O resultado deixou a final empatada por 1x1, forçando a decisão para, no mínimo, o quarto jogo.
Agora, para poder garantir o título, a Uninassau Basquete terá que vencer os dois jogos que terá em casa, na próxima sexta-feira (28/04) e no domingo (30/04). Se vencer apenas um, a decisão será mais uma vez em Americana, aonde o time perdeu três das quatro partidas que fez nesta temporada.
Sem tomar conhecimento do Corinthians/Americana, a Uninassau partiu para cima das paulistas no primeiro quarto. Fazendo boa parte das jogadas dentro do garrafão, aproveitando a altura da pivô Kelly. Outro pilar ofensivo das pernambucanas era nas jogadas de Casanova, que arrancava em direção ao ataque, atraindo a marcação adversária e deixando as companheiras de time muitas vezes livres. No fim, vitória por 15x8 na primeira parte do jogo.
Mas o que parecia ser a segunda vitória da Uninassau Basquete na final da LBF acabou se tornando em um pesadelo. O time não se encontrou em quadra nos períodos que se seguiram. Afrouxou a marcação e começou a errar em lances bobos. As pernambucanas viram Damiris (cestinha da partida com 20 pontos e oito rebotes) e Gretter tomarem conta do jogo, com tocos, rebotes e bolas de três pontos que mais pareciam ser chutadas de dentro do garrafão, devido o tamanho aproveitamento de 47%. Outra atleta que teve destaque foi a ala/pivô Baker, que atuou em todos os 40 minutos da partida.
Por mais que o técnico Roberto Dornelas tentasse orientar o time nos vários tempos técnicos em que pediu, as meninas não correspondiam em quadra. Foram presas fáceis, chegando a ficar 21 pontos atrás no marcador. Autora de seis pontos no primeiro quarto, Kelly fez apenas dois no segundo e terceiro períodos, mesmo estando mais de 15 minutos em quadra. O baixo aproveitamento é reflexo dos 37 anos da pivô e do fraco desempenho das companheiras em quadra.
No último quarto a Uninassau Basquete ainda tentou mostrar algum poder de reação. Marcou 15 pontos e sofreu 18. Porém, com a larga vantagem construída nas etapas anteriores, o Corinthians/Americana administrou o jogo, garantindo a vitória e levando a torcida paulista ao delírio.