A Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) anunciou mudanças nas regras de controle de testosterona em mulheres para provas longas. A alteração mira atletas com DDS (Distúrbio de Desenvolvimento Sexual), como a tricampeã mundial e medalha de ouro na Olimpíada do Rio, Caster Semenya, que passou a ser tratada com intersexual, nome dado ao indivíduo que possui variações genéticas que não permitem identificá-lo como totalmente feminino ou masculino.
O novo regulamento exige que, para entrar em competições oficiais de longa distância, qualquer atleta que tenha o DDS terá de reduzir a taxa de testosterona. "As pesquisas mais recentes que realizamos e os dados que compilamos mostram que há uma vantagem de desempenho em atletas do sexo feminino com DDS sobre as distâncias de pista cobertas por esta regra", informou o médico Stephane Bermon, do Departamento de Medicina e Ciências da IAAF.
"O tratamento para reduzir os níveis de testosterona é um suplemento hormonal semelhante à pílula anticoncepcional tomada por milhões de mulheres em todo o mundo. Nenhum atleta será forçado a se submeter à cirurgia. É responsabilidade do atleta, em estreita colaboração com sua equipe médica, decidir sobre seu tratamento".