A contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Tóquio alcança nesta terça-feira a marca de dois anos. O evento esportivo será realizado entre os dias 24 de julho e 9 de agosto de 2020 e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) aproveitou a data para divulgar informações sobre a delegação nacional nas Olimpíadas. No total, a entidade espera contar com 250 atletas. Evitou, porém, estipular metas para os resultados. Só para ter uma ideia, de acordo com o ranking atual dos esportes, 53 competidores estão entre os 10 melhores do mundo, dos quais 29 figuram entre os três primeiros, o que pode configurar chance de pódio para o País.
A única pernambucana na lista é Erica Sena, da marcha atlética. Atualmente ela ocupa o oitavo lugar da ranking da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), com o tempo de 1h28min11seg, cinco minutos de diferença para a líder da lista, Yelena Lashmanova, que tem 1h23min39seg. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a pernambucana chegou perto do pódio ao concluir os 20km na quarta colocação. Na época, ela prometeu que em Tóquio não iria bater na trave novamente.
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Outra pernambucana que também deve estar na lista dos possíveis pódios dos Jogos de 2020 é Etiene Medeiros. A nadadora, dona de três ouros individuais em mundiais, só não está entre as melhores competidores de suas provas porque passou o primeiro semestre se recuperando de uma cirurgia no ombro. Voltou aos campeonatos oficiais no mês passado e se prepara para conquistar a vaga para o Mundial em piscina curta, em dezembro.
PERNAMBUCANAS
Vale lembrar que Etiene é campeã mundial nos 50m costas e nos Jogos do Rio conquistou o melhor resultado da natação brasileira ao se classificar para a final dos 50m livre. Além das pernambucanas, outros atletas devem chegar como fortes candidatos aos pódios em Tóquio. Nomes como Arthur Zanetti (ginástica artística), Gabriel Medina (surfe), Isaquias Queiroz (canoagem), Ana Marcela Cunha (maratona aquática) e Mayra Aguiar (judô) estão entre os melhores de seus respectivos esportes.
Embora tenha uma expectativa em relação a possíveis resultados, o COB evita falar em metas. “A questão da meta a gente vai divulgar apenas no final de 2019, após a final de todas as competições mundiais”, ponderou Jorge Bichara, diretor-executivo de esportes do comitê. A estratégia de não antecipar números é uma forma de preservar a entidade, que nos Jogos do Rio fez uma estimativa de pódios e ficou longe do que foi planejado.
Em 2016, o Brasil subiu ao pódio em 12 esportes, conquistando 19 medalhas, sendo sete de ouro. A meta, no entanto, apontava para 27 pódios e uma classificação entre os 10 melhores no quadro geral. O País terminou a competição no 13º lugar.