A Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) anunciou nesta sexta-feira os vencedores de sua premiação anual. O principal laureado da edição de 2018 é o sérvio Novak Djokovic, que foi eleito o ganhador do troféu "Retorno do Ano" após ter ficado afastado de boa parte da temporada de 2017 por motivo de lesão.
Recuperado após ser submetido a uma cirurgia no cotovelo, o tenista de Belgrado era o 22º colocado do ranking mundial em junho, mas na segunda metade do ano iniciou uma grande arrancada e nesta semana reassumiu a condição de número 1. E, por já ter assegurado este posto até o final de 2018, receberá um troféu da entidade neste domingo, quando começará o ATP Finals, em Londres, palco do torneio que reúne os oito melhores jogadores da temporada.
A fase de Djokovic neste segundo semestre é impressionante, pois ele ganhou 31 das 33 partidas que realizou neste período, fato que culminou com as conquistas dos títulos de Wimbledon, do US Open e dos Masters 1000 de Cincinnati e Xangai. Na esteira da grande fase do seu pupilo, o eslovaco Marian Vajda também foi eleito pela ATP o técnico do ano. Após ter rompido a relação de trabalho que mantinha com o sérvio em 2017, ele retomou a parceria e conseguiu reconduzir o tenista ao topo.
Djokovic ainda se igualará ao norte-americano Jimmy Connors e ao suíço Roger Federer como jogadores que mais vezes terminaram uma temporada como número 1 do mundo. Essa foi a quinta oportunidade que ele obteve este feito, após também ter encerrado 2011, 2012, 2014 e 2015 como líder da temporada. Este trio só fica atrás de Pete Sampras, outra lendário ex-tenista dos EUA, que fechou em seis ocasiões um ano no topo.
Ultrapassado por Djokovic no ranking mundial na última segunda-feira e fora do ATP Finals por motivo de lesão, o espanhol Rafael Nadal faturou o prêmio de jogador com maior espírito esportivo do circuito profissional. Com uma postura quase sempre exemplar em quadra, ele chegou a pular a rede para abraçar Juan Martín del Potro ao final de um jogo épico com o argentino na edição passada de Wimbledon, assim como se dispôs a ajudar pessoalmente na limpeza de um dos locais afetados pela tempestade que causou grandes estragos em Mallorca durante este ano.
Federer, por sua vez, manteve a sua condição de ídolo maior do tênis intacta ao faturar, pelo 16º ano consecutivo, o prêmio de jogador favorito do público concedido pela ATP. Atual terceiro colocado do ranking, o suíço fez história nesta temporada ao conquistar o seu 20º título de Grand Slam, no Aberto da Austrália, e depois se tornou, então com 36 anos, o jogador mais velho a assumir a liderança do ranking da ATP desde a criação desta listagem, em 1973.
Agora com 37 anos de idade, Federer também ganhou nesta temporada outros três torneios, em Roterdã, Stuttgart e na Basileia, e disputará o ATP Finals com a chance de faturar um histórico 100º troféu de simples de sua gloriosa carreira.
Entre os jovens, o grego Stefanos Tsitsipas foi eleito o tenista que mais evoluiu nesta temporada, enquanto o australiano Alex de Minaur ganhou o prêmio concedido ao atleta escolhido como o novato de 2018. Com 20 anos de idade, Tsitsipas surpreendeu com vice-campeonatos no ATP 500 de Barcelona e no Masters 1000 de Toronto, assim como ganhou o Torneio de Estocolmo. Para completar, se tornou o tenista da Grécia com melhor posição na história do seu país ao alcançar o 15º lugar.
Minaur, de apenas 19 anos, brilhou ao avançar à decisão do Torneio de Sydney e também ao chegar à semifinal em Brisbane. Após iniciar a temporada sem sequer ocupar um lugar no Top 200 da ATP, hoje ele ocupa a 31ª posição e é considerado um dos tenistas mais promissores do circuito.