Ser rebaixado sempre é ruim, afinal ninguém entra em uma competição para ficar entre os piores. No entanto, não é porque caiu de divisão que ninguém presta. Esse é o caso do Santa Cruz. Mesmo com o rebaixamento, o clube precisa fazer um esforço para manter uma base para 2017. A degola na Série A não significa necessariamente que ninguém presta no elenco. O grupo coral tem peças de valor que podem dar a volta por cima no ano que vem.
Claro que nem todos vão ficar no Arruda na próxima temporada, seja porque foi valorizado, o caso de Keno, ou porque não rendeu o esperado. Mas os que ainda se encaixam em um planejamento para a Série B do ano que vem podem permanecer. Neste ponto, há os que já possuem contrato para o ano que vem, como o goleiro Tiago Cardoso e aqueles que a renovação é necessária, como o lateral Léo Moura e o zagueiro Néris, por exemplo.
Com uma base formada, a direção pode analisar melhor em quais posições vai reforçar o time. Também pode contratar menos, lembrando que o Tricolor vai ter menos dinheiro em 2017 e não pode errar tanto. Por isso, é bom ter o máximo de jogadores possíveis para a virada do ano. Essa montagem também passa pela escolha do técnico para 2017.
Contudo, de nada vai adiantar o esforço da direção se não houver garantias financeiras para o pagamento de salários, um calo do Santa Cruz nesta temporada. Garantir isso é fundamental ao clube e talvez seja até necessário abrir mão de um pouco de qualidade para não sofrer no futuro. O caso do meia João Paulo é um bom exemplo. Além da motivação do jogador, que deseja atuar em uma Série A, há a questão de que o Santa pode ganhar dinheiro com a transferência do atleta. Lógico que a diretoria ainda vai analisar o cenário, mas se a proposta for boa para os corais o mais sensato seria vender o meia para ter uma saúde financeira.