Além dos repetitivos desfalques e do pouco tempo para trabalhar, o Santa Cruz vem sofrendo com a falta de pagamento dos salários. Segundo o próprio presidente coral Alírio Moraes, o clube deve dois meses com os jogadores e outros três com os funcionários.
“Nós estamos devendo a todo o elenco dois meses e alguns dias. Esta semana, até sexta-feira, estaremos pagando. Não sei se terei condições de pagar esses dois meses ou apenas um. Esse compromisso foi assumido por mim perante o elenco, numa conversa no dia 25 de julho, que teve a presença de todo o grupo e do técnico Givanildo Oliveira presente”, afirmou o mandatário.
Nesta segunda-feira, na coletiva de imprensa no Arruda, o comandante tricolor foi muito claro quanto a cobrança dos vencimentos por parte dos atletas. Ressaltou que a verdade deve ser dita e que nunca irá pedir para um jogador omitir esse tipo de informação.
“Nunca fiz e nunca vou fazer de proibir o jogador de falar de salário atrasado. Ele não pode dizer que está em dia, que está tudo bem. Acontece que tem muita gente que não quer escutar a verdade. E no futebol existe a verdade também, não é só mentira. É claro que os caras sentem. Hoje (ontem) é dia 31 e amanhã (hoje) já é dia 1 de agosto. É claro que o presidente (Alírio Moraes) está trabalhando, veio aqui conversar com o grupo. Estou torcendo para que Deus ajude ele na data marcada, que foi dia 4, para que ele consiga fazer esse pagamento”, disse.
E o primeiro atleta a reclamar da falta de salários foi o atacante Facundo Parra. Dispensado recentemente pelo Santa Cruz, o argentino usou o Instagram para dizer que não recebeu os últimos quatro meses. Alírio classificou o atleta como tumultuador.
“A orientação que nós recebemos do jurídico foi deixar ele entrar com uma reclamação trabalhista e a gente fazer o acordo perante uma vara do trabalho. Ele querendo pressionar, mais uma vez em um ato de insubordinação, quis tumultuar e fez essa declaração”, completou