Nitidamente abatido, o técnico Roberto Fernandes reconheceu o mérito do Operário em vencer o Santa Cruz, ontem, e ficar com a vaga na Série B do Campeonato Brasileiro de 2019. A justificativa do comandante é que o adversário paranaense fez uma campanha muito melhor que a coral na Terceira Divisão. Experiente, ele adiantou que muitas teorias para explicar o fracasso irão surgir, pois o clube irá passar quatro meses sem atuar.
“Enxergo que o Operário sobrou, foi melhor, não tem muita coisa para falar. Sei como é o futebol e muitos 'se' irão existir agora. Poucas vezes a gente valoriza ou reconhece a superioridade do oponente. A campanha dele aqui foi muito acima e hoje ele fez prevalecer”, admitiu o treinador.
Roberto Fernandes evitou fazer uma avaliação do elenco tricolor. O técnico reconheceu o empenho dos atletas e revelou inclusive que os jogadores choraram no vestiário após a eliminação. Para o comandante, o clube enfrentou uma equipe que era possível enfrentar o Santa Cruz de igual para igual. Além disso, também lamentou o placar do jogo de ida (1x0) não ter sido maior para passar uma maior tranquilidade.
“Não vou arrumar um culpado. Os jogadores buscaram fazer o melhor deles, a condição possível e mais eficaz. Se me perguntar o porquê de não conseguir o acesso, primeiro porque enfrentou um time que tinha condição de vencer e lamentar um gol a mais que faltou no Arruda, que poderia passar uma tranquilidade maior com uma vantagem mais ampla”, explicou.
Questionado sobre uma possível permanência para o próximo ano, Roberto Fernandes evitou falar sobre o futuro. Na visão dele, qualquer afirmação após a eliminação será precipitada, visto que o clube não tem mais calendário antes mesmo do fim do mês de agosto. “Qualquer situação que falar agora é precoce, pois não tem competição até o final da temporada. Não é pelo insucesso, mesmo campeão a temporada terminaria em setembro. O presidente que vai determinar o planejamento a se pensar”, declarou.
O técnico fez questão de ressaltar o ambiente positivo que viveu no Santa Cruz depois de ser campeão pernambucano no começo do ano com o Náutico. “Independente de tudo, foi com muito orgulho que comandei o time, principalmente diante de uma rivalidade tremenda que é em Pernambuco. Cada clube com suas características, encontrei um calor humano espetacular de funcionário a diretoria. O respeito anterior agora virou admiração. Foi um ano diferente”, finalizou.