Elogios ao novo e sutis indiretas ao velho – esqueçam as idades, é a ordem de chegada que interessa. A entrevista do meia-atacante Marlone, considerado por muitos o melhor em campo no empate por 1×1 do Sport com o Huracán, na quarta-feira (23), pela Copa Sul-Americana, deixou a entender que o jogador não estava muito feliz com o comando de Eduardo Baptista e está se sentindo melhor com um treino e um jogo de Falcão.
A primeira rasgação ao ex-volante da Seleção foi logo na primeira resposta, quando indagado sobre a ‘responsabilidade’ de seu bom futebol contra os argentinos.
“Fico feliz pelos elogios, mas deve-se ao treinador. Pelo fato de ele ter sido o jogador que foi em um treino já nota a característica. Ele viu que eu poderia fazer essa função e estou aí para ajudar o grupo. Estou feliz por ter rendido bem e ajudado o time”. Notem que ele destacou a leitura rápida do atual comandante ao fato dele ter experiência dentro do campo, coisa que o antecessor, Eduardo Baptista, não teve.
A segunda alfinetada veio no fim do papo com os jornalistas, falando sobre sua função antes e agora. Ele reconheceu que o destaque ganho no Vasco foi jogando aberto, como um ponta. Mesma forma que ele atuava pelo Sport até o último fim de semana. O arremate foi deixar claro que agora está feliz. “Joguei mais solto, mais leve para criar as jogadas individuais e chutar em gol. Coisa que não vinha fazendo.”
CHAPECOENSE
Boa atuação à parte, Marlone tentou tirar um pouco o caráter definitivo que o jogo com a Chapecoense pode ter. Seis pontos acima do 17º colocado, o Sport pode entrar definitivamente na briga pelo rebaixamento em caso de derrota ou se aproximar mais da parte de cima da classificação se vencer os catarinenses. Atualmente a diferença para o quarto colocado é de sete pontos.
“Não temos que pegar essa pressão de jogo-chave. Temos que encarar como uma decisão, pois desde o primeiro turno estamos fazendo assim. Vai ser um jogo importante como os outros e vamos só com esse pensamento.”