Em dia de “São Magrão” e com dois gols de Rogério, numa partida em que brilharam os “garçons” Diego Souza e Everton Felipe, o Sport conquistou neste domingo (24) a sua primeira vitória longe do Recife: 2x1 sobre o Cruzeiro, no Mineirão, pela 16ª rodada do Brasileirão. O resultado acabou com um jejum de 38 anos dos rubro-negros sem triunfo sobre a Raposa em Belo Horizonte e os tirou da zona do rebaixamento depois de 28 dias. Subiram para 14º, a melhor posição do time no campeonato, com 18 pontos. Já os mineiros seguem afundados na vice-lanterna, com 15.
A vantagem rubro-negra de 1x0 não retratou em nada o que foram os 45 minutos iniciais no Mineirão. Em casa, o Cruzeiro foi o senhor das ações. Explorando as fragilidades da defesa do Leão, principalmente pelo lado esquerdo, em cima do improvisado Rodney Wallace, os mineiros criaram ao menos sete oportunidades de abrir o placar. Pararam ora em Magrão ora na falta de pontaria de seus atacantes. Já o Sport finalizou apenas uma vez, em lance que nasceu de um passe de craque do meia Diego Souza para Rogério. Foi fatal e mudou a história de toda a partida.
O duelo iniciou com os mineiros tomando as rédeas. Com seus homens de frente não guardando posição fixa, o Cruzeiro foi abrindo espaços na defesa rubro-negra. Não demorou para a primeira finalização. Aos 8 minutos, Willian chutou de fora da área e a bola saiu rente ao travessão. Daí até os 25, foram mais três arremates, todos de Arrascaeta, que também passaram por cima. Em seguida, aos 29, veio a melhor chance da Raposa. Mais uma vez com Willian. O tiro à queima-roupa parou na defesa de “São Magrão”, que usou a perna esquerda para salvar.
O castigo para os mineiros por tantas chances desperdiçadas veio aos 37 minutos. Até então, o Sport não havia finalizado uma vez sequer – na bem da verdade, mal tinha conseguido passar do meio-campo por conta do excesso de passes errados. Mas aí brilhou a estrela de Diego Souza, que deu um passe em profundidade preciso para Rogério, que venceu a defesa mineira na velocidade e bateu rasteiro na saída de Fábio: 1x0. O Cruzeiro sentiu o gol. Não só perdeu pressão no ataque como deu folga na marcação.
O roteiro do segundo tempo foi idêntico ao do primeiro, mudando apenas a sequência dos fatos. O Sport achou logo o gol, mais uma vez em um lance de craque de um de seus meias. O garoto Everton Felipe arrancou com a bola do meio-campo, deixou três marcadores para trás e tocou para Rogério, que bateu de curva, indefensável para Fábio: 2x0. Daí em diante, mesmo pressionado por sua torcida, o Cruzeiro dominou o confronto. Era uma enxurrada de chances perdidas. Willian, Ábila e Sóbis chutaram para fora com perigo.
Aos 21 e aos 29, apareceu mais uma vez “São Magrão”. Primeiro, usou a mão esquerda para espalmar chute de Ábila. Depois, fez a defesa mais sensacional da partida, ao salvar em cima da linha o chute de Willian – a bola ia entrando rente à trave esquerda. Os cruzeirenses só conseguiram vencer o camisa 1 do Sport, aos 47, quando a defesa vacilou e Willian diminuiu. Era tarde. Leão 2x1.