O primeiro secretário do Conselho Deliberativo do Sport, Yuri Limeira, condenou, nesta quarta-feira (16), a atitude do presidente do órgão, Homero Lacerda, de convocar uma Assembleia Geral contra o atual chefe do executivo, Arnaldo Barros. Homero foi motivado pelas mais de 500 assinaturas de sócios que querem o impeachment do mandatário. De acordo com Limeira, porém, o estatuto do Leão é claro e não dá esse poder ao chefe do Conselho Deliberativo.
"O presidente (do Conselho Deliberativo) não poderia ter enviado ofício diretamente para o presidente Arnaldo Barros. O estatuto é muito claro. Eu respeito a opinião dos juristas que Homero escutou (antes de decidir convocar a assembleia)", declarou Limeira, em entrevista à Rádio Jornal. "O artigo 68 do estatuto do clube é claro quando diz o seguinte: em caso de impedimento de qualquer membro de qualquer órgão do Sport, precisa ser convocado o Conselho Deliberativo, com no mínimo 2/3 dos membros para discutir se vai ou não haver assembleia geral. Se achar que os argumentos não têm fundamento, o Conselho pode, sim, impedir (a assembleia)", completou.
O primeiro secretário do Conselho rebateu ainda a acusação de Homero de que o colegiado estaria protegendo Arnaldo Barros. "Não há blindagem nenhuma do presidente Arnaldo Barros. Isso é algo que desprestigia o Conselho Deliberativo, que tem uma função estatutária de zelar pela plena execução do que diz o estatuto do clube. Convocamos Arnaldo Barros várias vezes, ele compareceu, fez as explicações. Explicou o balanço financeiro que, inclusive, foi aprovado por ex-presidentes do clube", explicou.
De acordo com Limeira, o Conselho Deliberativo do Sport ainda estuda o que fazer em relação a atitude de Homero. Os membros vêm conversando informalmente, mas o objetivo é cumprir o rito estatutário, que é ter 2/3 dos integrantes para deliberar sobre a viabilidade, ou não, da convocação de uma Assembleia Geral. "Se o Conselho achar que é válido, vai convocar a Assembleia Geral", finalizou.