Desde a chegada de Claudinei Oliveira, o Sport encontrou no futebol reativo - com menos posse de bola, porém chegando ao ataque com mais verticalidade - o padrão tático ideal para obter os resultados positivos e deixar o Leão na sétima colocação antes da parada da Copa do Mundo. Entretanto, nesse reinício de Brasileirão, a equipe leonina vem apresentando uma postura diferente em campo. Contra Ceará (56% x 44%) e Fluminense (52% x 48%), os rubro-negros valorizaram mais a posse de bola e praticaram o chamado futebol propositivo (avançando as linhas e jogando no campo adversário com mais intensidade). Sem sucesso.
As duas derrotas seguidas, inclusive, já está fazendo Claudinei refletir na possibilidade de o Sport dar um passo atrás e voltar a atuar de uma maneira mais precavida, sem se expor tanto. Até porque, a mudança está acarretando um maior desgaste físico dos atletas, que caíram de produção na segunda etapa dos dois últimos jogos. “Temos de achar uma estratégia para não nos desgastarmos muito no primeiro tempo. Vou conversar com os atletas para ver se nos poupamos um pouco no primeiro tempo para que possamos ser mais intensos o jogo todo”, contou Oliveira.
A mudança de conceito de jogo, no entanto, só foi testada durante os coletivos ou nos jogos-treinos contra o Sub-17 e o Sub-20 do clube, já que o Sport não realizou nenhum amistoso durante a sua inter-temporada.
Autor do gol rubro-negro contra o Fluminense, o meia Gabriel reconhece a queda de produção na reta final das duas últimas rodadas. “Isso é um fato. Fizemos dois bons primeiros tempos, contra Ceará e Fluminense. Comandamos o jogo, mas iniciamos o segundo tempo nos dois jogos desligados. Em Fortaleza, tomamos o gol logo cedo, e em casa sofremos bastante no segundo tempo. Isso vai tirando a nossa confiança. Vamos conversar para que possamos acertar isso. Não pode terminar um primeiro tempo de uma forma tão boa e no segundo jogar de uma forma diferente”, destacou.
Ainda de acordo com o meio-campista, a equipe leonina tem condições de triunfar mesmo atuando com o estilo propositivo. “Sou a favor de a gente propor o jogo. Fazendo isso você fica mais perto da vitória. Temos um time técnico e que sabe jogar. Se fosse uma equipe que não soubesse, não via problema de jogar de maneira reativa. Acho que com o controle da bola ficamos mais perto de somar os três pontos”, falou.