Rubro-negro

Ciclo de Magrão e Durval no Sport não se encerra da maneira esperada

Zagueiro não teve contrato renovado após se recuperar de cirurgia no clube, e Magrão vive imbróglio judicial com o Leão

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 02/07/2019 às 15:46
Foto: Arquivo JC Imagem e Alexandre Gondim/JC Imagem
Zagueiro não teve contrato renovado após se recuperar de cirurgia no clube, e Magrão vive imbróglio judicial com o Leão - FOTO: Foto: Arquivo JC Imagem e Alexandre Gondim/JC Imagem
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Com o anúncio da não renovação de contrato de Durval, além da saída litigiosa de Magrão, o Sport se despede de dois dos seus maiores ídolos na história. O zagueiro conquistou oito títulos e disputou 472 jogos, enquanto o goleiro levantou dez taças e vestiu a camisa leonina por 732 vezes. Fim de uma era que esteve presente em uma das maiores conquistas do Rubro-negro, a Copa do Brasil de 2008. Fim de um ciclo vitorioso, que não teve seu encerramento da maneira esperada.

Durval teve uma das suas piores atuações naquele que foi seu último jogo. Uma derrota por 5 a 2 para o Atlético-MG em Minas Gerais, em que o zagueiro cometeu falhas e ainda foi expulso. Dali em diante, ele não teve outras chances em jogos do Sport naquela Série A e não teve seu contrato renovado para 2019. Após conversas entre o jogador e a nova diretoria do clube, o retorno ficou próximo. Ele ainda precisou passar por uma cirurgia no joelho e fez todo o tratamento no Leão para tentar retomar a carreira e fazer sua temporada de despedida. Entretanto, a volta não ocorreu e as duas partes se despediram, ainda deixando em aberto a possibilidade de um jogo de despedida.

Do outro lado, Magrão. Para muitos, o maior nome que vestiu a camisa vermelha e preta. O goleiro teve um ano para se esquecer. Começou mal a temporada e falhou em vários gols sofridos pelo Sport no começo do ano. Seu último jogo com como titular foi no Clássico das Multidões neste ano, contra o Santa Cruz, e ele falhou no gol do rival, que venceu o duelo por 1 a 0. Dali em diante, ele ficou banco de reservas e, em alguns jogos, não foi nem relacionado. Na pausa para a Copa América, não se reapresentou e colocou o clube na Justiça, pedindo a rescisão contratual e o pagamento das dívidas. Com o atrito existente entre ele e a diretoria, a negociação para chegar a um acordo ainda segue, com desgaste para os dois lados. 

O que os dois atletas representam para a instituição é muito maior do que as situações encaradas por eles. São jogadores que possuem um nível de identificação, com nome cravado na história do Sport, que dificilmente aparecerá outros atletas para alcançar o patamar estabelecido por eles. Mesmo assim, o desfecho fica bem longe do merecido por Magrão e Durval. Porém, o futebol prega peças deste tipo, mas não apaga, nem diminui o que já foi escrito pelos dois.

ELENCO ATUAL

A saída dos dois ídolos e jogadores mais experientes do atual elenco repercutiu internamente no grupo de atletas, como era de se imaginar. Tendo sido pegos de surpresa como a torcida, essa despedida foi lamentada pelo atacante Ezequiel. Ele admitiu que já se preparavam para o dia em que isso iria acontecer, mas não esperava que fosse neste momento.

“A gente recebeu essa notícia de surpresa. São dois caras que tem história no Sport, no futebol e foi um baque, realmente. Mas a gente sabia que isso uma hora ia acontecer. triste por estar acontecendo agora. esperava que quanto mais tempo pudesse compartilhar com eles o vestiário e o campo, seria bom. Mas acabou acontecendo e a gente leva com naturalidade”, comentou o jovem atacante.

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