8º Salão Imobiliário movimenta R$ 145 milhões em negócios

Termômetro importante para o setor em um ano de economia instável, o 8º Salão Imobiliário de Pernambuco, realizado entre 12 e 15 deste mês no Centro de Convenções, foi considerado um sucesso. Mesmo com o menor número de unidades vendidas em relação à última edição (caiu de 500 para 406), o montante movimentado pelos negócios fechados nos quatro dias cresceu de R$ 122 milhões para R$ 145 milhões, superando as expectativas da Ademi-PE, organizadora do salão. Além das cifras, o balanço do evento indica, ainda, pequenas mudanças no perfil dos imóveis que estão sendo mais procurados neste ano.

A média do preço da unidade vendida também aumentou, passando de R$ 354 mil na última edição para R$ 359 mil neste ano. O setor ainda comemora outro importante número: 36,6% das pessoas que estiveram presentes no salão procuravam um imóvel para compra imediata, ou seja, já estavam preparadas para fechar negócio e se mudar. “A crise não é do mercado, a crise é da economia. As pessoas têm medo de se comprometerem com o investimento, mas à medida em que buscam informação, descobrem que um financiamento imobiliário, por exemplo, é muito seguro”, avalia Gildo Vilaça, vice-presidente da Ademi-PE. 

Mas os bons resultados não se resumem aos quatro dias do evento. Mesmo antes da crise econômica, a Ademi-PE vem percebendo que os consumidores estão procurando cada vez mais informação e agindo com mais cautela, o que pode fazer com que muitos negócios sejam fechados no período seguinte ao salão. “Tivemos um volume muito bom de negócios, mas sabemos que nos próximos 30 e 60 dias teremos outros efetivados e contratos assinados”, estima André Callou, presidente da Ademi-PE.

O relatório do evento mostra também o aumento da procura por apartamentos com dois quartos (53,65 m²). Desses, quase todos procuravam opções que não tenham dependência de empregada (91,9%). Para a Ademi-PE, os números mostram a compreensão do próprio poder de compra por parte dos consumidores e também as mudanças no perfil das famílias, que estão cada vez menores. O salão reuniu 12.634 visitantes, que puderam conferir estandes de 27 empresas, entre construtoras e corretoras.