BRASÍLIA – Nos primeiros quatro meses do ano, o Brasil alcançou taxa de 13,6 doadores de órgãos para cada 1 milhão de habitantes – meta prevista para ser alcançada em 2013, aponta levantamento divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Ministério da Saúde.
O número representa um total de 726 doadores, aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 564 doadores e a meta nacional era 11,4 doadores para cada 1 milhão de habitantes.
No primeiro quadrimestre de 2012, foram feitos 7.993 transplantes, crescimento de 37% em comparação aos quatro primeiros meses de 2011, ante 5.842 transplantes.
O levantamento indica que a Região Norte registrou aumento de 109% no total de transplantes, enquanto no Centro-Oeste a melhora foi 103%. Outro dado mostra que os transplantes de coração, considerados de alta complexidade, cresceram 61% no mesmo período.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que, no início da década, a média nacional era 5 doadores para cada 1 milhão de habitantes e que, em 2011, o país já havia batido o recorde de superar, pela primeira vez, o índice de 10 doadores para cada 1 milhão de habitantes.
“Acreditamos que vamos sustentar este aumento. Ainda teremos o impacto de uma portaria publicada em maio de 2012 que ampliou em 30% o valor do procedimento que o ministério paga para transplante de rim e em até 60% quando o hospital realiza um número maior de transplantes complexos [como de pulmão e de coração]”, disse.
A expectativa da pasta, de acordo com o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, Heder Murari Borba, é chegar ao final deste ano com a média nacional de 14 doadores para cada 1 milhão de habitantes. Segundo ele, estados como São Paulo, Santa Catarina e o Ceará já registram índices superiores a 20 doadores para cada 1 milhão de habitantes.