A Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), onde 5,5 milhões de pessoas são abastecidas pelo Cantareira, poderá reduzir a captação de água ou suspender o fornecimento em determinados horários do dia, conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou na última semana. A proposta da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) será discutida nesta terça-feira, 18.
Os órgãos se reúnem a partir das 14 horas, em Campinas. A ANA e o DAEE vão apresentar as regras que podem valer tanto para o abastecimento residencial quanto para o uso industrial, comercial e agrícola. O presidente da ANA, Vicente Andreu, participa do encontro. No documento, os órgãos impõem que os municípios que usam água de rios na Bacia do PCJ - que já estão secos - diminuam em 20% a captação do recurso ou cortem o fornecimento das 18 às 23 horas, para ampliar o abastecimento domiciliar. Caso seja aprovada, a medida valerá quando o Sistema Cantareira estiver em 5% da capacidade. Os setores que podem ser prejudicados devem apresentar contrapropostas.
Municípios da região que administram a própria água e não têm contratos com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) adotaram medidas para economizar. Ao todo, 11 cidades estão em esquema de rodízio de água e outras 14 aplicam multas.
Promotores
O Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual também acompanhará a reunião. Os promotores defendem que a região metropolitana de São Paulo tenha restrições. Uma das justificativas é de que as águas dos rios da Bacia do PCJ formam o Sistema Cantareira. Hoje, segundo a Sabesp o reservatório libera 5 mil litros de água por segundo para o PCJ.