Após viver a pior epidemia de dengue da sua história em 2015, o País já registra nos primeiros meses de 2016 números ainda piores do que os do ano passado. De janeiro até a primeira semana de março, foram notificados ao Ministério da Saúde 495 266 casos prováveis da doença, alta de 46% em relação ao mesmo período de 2015, quando 337.738 suspeitas foram reportadas.
A informação foi dada na manhã desta sexta-feira (18), pelo diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério, Claudio Maierovitch, em simpósio sobre o vírus zika realizado pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.
O diretor afirmou que ainda não é possível saber se a epidemia deste ano será ainda pior do que a do ano passado, mas afirmou que a ocorrência de surtos em anos consecutivos tem surpreendido, já que anteriormente era comum observar dois ou três anos de baixa após um ano de grande surto. "Temos ficado espantados com o aumento da frequência de grandes epidemias", disse.
O número atual de registros de dengue é quase o triplo do informado no último boletim divulgado pelo ministério, com dados até a quinta semana do ano, quando haviam sido notificados 170 mil casos.
De acordo com Maierovitch, Minas Gerais e São Paulo são os dois Estados com o maior número de casos de dengue neste ano.