RIO DE JANEIRO - Uma auditoria do Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio de Janeiro identificou problemas na construção da ciclovia da Avenida Niemeyer seis meses antes de sua inauguração. O desabamento da pista com vista para mar e inaugurada em janeiro desabou na última quinta-feira, matando duas pessoas.
Um relatório do TCM alertou em julho do ano passado sobre a existência de "trincas" e "depressões", de acordo com fragmentos publicados pelo site de notícias G1. O TCM teria pedido a correção dessas irregularidades, mas não obteve resposta.
A secretaria de Obras disse à AFP que as falhas haviam sido corrigidas.
"O relatório foi respondido e recebido pelo TCM. As trincas em questão não eram da estrutura, mas do pavimento e já foram corrigidas", afirmou. A pista desabou na quinta-feira, dia de forte ressaca no litoral carioca. Em vídeos divulgados em veículos de comunicação mostram uma grande onda levando parte da estrutura. Provavelmente tem um problema estrutural, além de um não encaminhamento de uma operação de uma ciclovia naquelas condições. Em caso de ressaca, de mar alto, devia-se botar um aviso indicando que a ciclovia não deveria ter sido utilizada. A
prefeitura que deveria ter feito isso. Me sinto totalmente responsável", disse o prefeito Eduardo Paes.
Paes descartou o fechamento da ciclovia e garantiu que ajustes necessários serão feitos, incluindo um plano de
contingência para casos de ressaca. O prefeito informou ainda que o presidente da Geo-Rio, Márcio Machado, foi
afastado do cargo, após pedir renúncia.