As mortes decorrentes de infecções pelo vírus H1N1 no País chegaram a 764 casos. O número, divulgado nesta terça-feira (7) pelo Ministério da Saúde representa um aumento de 85 registros em comparação ao dado publicado na semana passada. A quantidade total de óbitos já é 47 vezes maior do que o registrado em todo o ano passado, quando aconteceram 36 mortes.
Segundo o ministério, ao menos metade das vítimas do vírus tinham até 51 anos, sendo o mais velho com 93 anos. Outras 64 mortes foram registradas no Brasil decorrentes de infecção por outros tipos do vírus influenza, como o B e A(H3N2). Desse total, o maior número de óbitos aconteceu no Estado de São Paulo, que concentrou 45,7% dos casos. O Rio Grande do Sul (82), Paraná (54), Goiás (44) e Rio de Janeiro (36) foram outros Estados com grande número de vítimas.
Das 832 vítimas do influenza (H1N1 e H3N2), o ministério apontou que 590 apresentavam ao menos um fator de risco que potencializou complicações da doenças, tendo atingido idosos, cardiopatas e diabéticos. Cerca de 75% dos pacientes fizeram uso de antiviral, e ao menos metade deles começaram a medicação em até quatro dias após os primeiros sintomas. A pasta lembrou que o recomendado é que o tratamento seja iniciado nas primeiras 48 horas.
A Região Sudeste também concentrou o maior número de casos diagnosticados (2.013) de influenza A H1N1, sendo 1.714 em São Paulo. Outros Estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul (495), Paraná (466), Goiás (249), Mato Grosso do Sul (143), Pará (141) e Rio de Janeiro (119).
Vacina
A pasta de Saúde do governo federal informou nesta terça-feira que mais de 47,6 milhões de pessoas se vacinaram contra a influenza neste ano, uma cobertura de 95,5% do público-alvo da campanha, composto de 49,8 milhões de pessoas. "Apesar de a campanha ter encerrado no dia 20 de maio, a vacinação prossegue em alguns Estados e municípios, já que o Ministério da Saúde disponibilizou 54 milhões de doses da vacina - uma reserva técnica de 4,2 milhões de doses acima do quantitativo de pessoas que integram o público prioritário", declarou o ministério.
O público-alvo é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis.
As pessoas deste último grupo são mais vulneráveis a desenvolver a forma grave da doença. As crianças que tomaram a vacina pela primeira vez neste ano devem retornar aos postos de saúde para aplicação da 2ª dose até o dia 20 de junho.