Cresce preocupação com segurança na Rio 2016, diz Jungmann após ataque em Nice

Ainda de acordo com o ministro, 22.850 homens das Forças Armadas vão trabalhar durante os jogos no Rio de Janeiro
ABr
Publicado em 15/07/2016 às 13:53
Ainda de acordo com o ministro, 22.850 homens das Forças Armadas vão trabalhar durante os jogos no Rio de Janeiro Foto: Foto: JC Imagem


O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira (15) que cresce a preocupação do governo brasileiro com a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro após o ataque ocorrido ontem (14) na cidade de Nice, na França. “Evidentemente que existem fatos que preocupam. Não tenha dúvida, cresce a nossa preocupação com a segurança”, disse.

Em entrevista à Rádio Nacional de Brasília, Jungmann informou que todos os procedimentos de segurança relacionados à competição serão revisados. “Vamos intensificar aquilo que já vinha sendo feito – ampliar os esquemas de controle de barreira, de check point, de uso de detectores de metais”, detalhou o ministro.

 

“Trabalhamos com quase uma centena de serviços de inteligência no mundo, a exemplo de Israel, Estados Unidos, Inglaterra, Russa e França. Não tivemos, até agora, nenhuma informação de ameaça concreta ou potencial de terrorismo durante as Olimpíadas aqui no Brasil”, acrescentou.

Segundo ele, delegações como a dos Estados Unidos e a da própria França foram classificadas como de alto risco pelo governo brasileiro. Isso significa, por exemplo, que o alojamento dos atletas será instalado em locais de menor circulação e de maior controle, como a Escola Naval. “Obviamente, há segurança reforçada, redobrada e compatível com o nível de risco que a gente atribui.”

Ainda de acordo com o ministro, 22.850 homens das Forças Armadas vão trabalhar durante os jogos no Rio de Janeiro. O número inicial, 18 mil homens, foi alterado após pedido de reforço por parte do governo do estado. Se somadas as demais praças que vão receber competições – Manaus, Brasília, Belo Horizonte e Salvador –, cerca de 40 mil homens da pasta participam da segurança de todo o evento.

“No Brasil, teremos a primeira Olimpíada com um centro internacional de inteligência e informação. Esse centro vai reunir representantes de inteligência, serviço secreto e informações de 106 países que vão atuar conosco. Além disso, criamos um centro integrado de contraterrorismo, que vai funcionar durante todo o período de Olimpíada e Paraolimpíada e que terá subcentros em todos os locais onde estiverem ocorrendo jogos.”

Questionado se é possível assegurar tranquilidade em meio aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil este ano, Jungmann respondeu que 100% dos encargos e compromissos encaminhados aos país pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) foram cumpridos. “Sem atraso e sem falhas”, disse. “A gente pode dizer que tudo o que nos foi cobrado está sendo devidamente cumprido”, completou.

“Num dia normal, o Rio de Janeiro tem 7 mil ou 8 mil homens fazendo a segurança da cidade. Durante os Jogos Olímpicos, com a soma de homens do Exército, da Força Nacional, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, vamos ter 47 mil homens, ou seja, sete vezes mais segurança do que se tem em dias normais no Rio de Janeiro”, acrescentou.

 

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