Jovem que acusa Marco Feliciano de estupro será investigada por calúnia

Vídeo com conversas sobre possíveis pagamentos a Lelis está sendo analisado pela polícia
JC Online
Publicado em 11/08/2016 às 14:02
Vídeo com conversas sobre possíveis pagamentos a Lelis está sendo analisado pela polícia Foto: Foto: Reprodução/Facebook


A jornalista Patrícia Lelis, 22, será investigada por calúnia após ter feitos denúncias contra o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) por assédio sexual e acusar o chefe do gabinete parlamentar, Talma Bauer, de tentar acobertar o caso. A jovem já tinha negado a acusação contra Feliciano em um vídeo, que foi supostamente gravado sob coerção.

Outro vídeo, que está sob análise da Polícia Civil de São Paulo, local de registro do Boletim de Ocorrência, mostra o momento em que Bauer e Lelis conversam sobre o pagamento de R$ 50 mil a jovem.

De acordo com o site HuffPost Brasil, a interpretação da polícia partiu da estudante pedir o dinheiro. "Tem interesse dos dois, mas na gravação ela pede dinheiro", afirmou o delegado Luís Roberto Hellmeister, do 3º DP (Campos Elíseos).

No diálogo, Bauer diz ter entregue R$ 50 mil a Artur Mangabeira, que seria namorado de uma amiga que Lélis conheceu pela internet. Mangabeira teria dito ser agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O intermediário, contudo, teria pago apenas R$ 10 mil à estudante. "Bauer, eu vou enfiar a cara dele no chão. [...] Me promete que você vai fazer alguma coisa com ele", diz Lélis.

O chefe de gabinete então responde "eu não vou matar ele, mas eu dou um nó nele, alguma coisa eu faço".

Bauer chegou a ser detido na última sexta-feira, mas foi liberado no dia seguinte. Ele segue sendo investigado. Além de assédio sexual, Lélis acusa Feliciano de agressão e diz que o presidente do PSC, Pastor Everaldo, ofereceu dinheiro para que ela não fizesse denúncias contra o deputado.

Emerson Biazon, assessor do PRB, teria gravado o vídeo de forma escondida durante a conversa. Em depoimento, ele garantiu à polícia que Lélis recebeu R$ 20 mil de Bauer.

Defesa

De acordo com o site, O advogado de Patrícia Lélis, José Carlos Carvalho, afirmou que a jovem não recebeu valores de Bauer e que os vídeos em que nega os crimes de Feliciano foram gravados sob ameaça e em cárcere privado.

Marco Feliciano utilizou as redes sociais para se defender. Em vídeo, postado no seu Facebook, o parlamentar nega as acusações contra ele.

 

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