Governo do Espírito Santo recusa novo acordo e motim da PM vai ao 11° dia

Nova tentativa da PM abria mão do reajuste imediato, mas exigia incorporação de beneficíos e anistia de envolvidos
Estadão Conteúdo
Publicado em 13/02/2017 às 21:43
Nova tentativa da PM abria mão do reajuste imediato, mas exigia incorporação de beneficíos e anistia de envolvidos Foto: ABr


O governo do Espírito Santo não aceitou a proposta apresentada no fim da tarde desta segunda-feira (13) por mulheres dos policiais militares e associações da categoria. Com isso, a paralisação da PM deverá chegar nesta terça-feira (14) ao 11° dia. Na nova tentativa de acordo, as mulheres abriam mão do reajuste imediato de 43% para os policiais, mas exigiam a incorporação de benefícios e a anistia total de todos os envolvidos no motim da PM.

Em nota, a gestão Paulo Hartung (PMDB) afirmou que "muito embora as entidades reconheçam que o cenário econômico nacional e as condições limitadas do governo estadual inviabilizam a concessão do reajuste solicitado, há o pedido de uma pauta que impacta, de forma expressiva, o orçamento e as finanças do Espírito Santo".

No novo acordo, nenhum porcentual de reajuste era mencionado, mas a categoria pedia a concessão de auxílio-fardamento de R$ 533,50 em duas parcelas anuais, a incorporação imediata aos vencimentos de escalas extras, um cronograma para promoções, o pagamento de auxílio-alimentação e o realinhamento da tabela de subsídios. Pelo documento, encaminhado ao Comitê Permanente de Negociação e recebido pelo subsecretário da Casa Civil do Espírito Santos, Silas Amaral, as mulheres se comprometem a desobstruir os acessos aos batalhões à meia-noite desta segunda-feira.

Governo capixaba nega possibilidade de anistia 

O documento também pedia anistia total aos policiais militares e mulheres envolvidas no movimento. O governo capixaba descartou a hipótese, alegando que a anistia é vedada "pela legislação brasileira" e fere "os princípios constitucionais da legalidade e moralidade", diz a nota.

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