Condenada pela morte de Isabella Nardoni pede para migrar para regime semiaberto

Os advogados de Anna Carolina Jatobá entraram com um pedido na Justiça para que a detenta migre do regime fechado para o semiaberto. Ela foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão em 2010 pelo homicídio qualificado de Isabella Nardoni, sua enteada. Anna Carolina cumpre a pena na penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo.

Segundo a defesa, a detenta já possui o direito ao semiaberto desde o dia 18, mas a promotoria só dará um parecer à Justiça após submeter a condenada a um exame psicológico.

A defesa afirma que 2/5 da pena, o equivalente a 10 anos e sete meses, já foram cumpridos em regime fechado. Tal período já permitiria o direito ao benefício.

Pena

Carolina cumpre pena desde 3 de abril de 2008, há nove anos, porém a função de costureira na penitenciária a ajudou a reduzir a pena em 660 dias, ou um ano e nove meses. Assim, juntando os dias reduzidos com o tempo de detenção ela já poderia pleitear o regime semiaberto, mas ainda não existe um prazo estabelecido para a Justiça julgar o pedido.

Duas exigências são requeridas para a progressão de pena. Além do período cumprido em regime fechado, é necessário que a detenta tenha bom comprotamento para voltar ao convívio em sociedade.

O advogado de Anna Carolina revelou a ansiedade dela com a situação. "É uma mãe com dois filhos menores de idade, que já cumpriu a pena necessária para ter a progressão ao regime semiaberto. Ela tem esse direito, não tem razão para que ela fique mais tempo do que o previsto", explicou.

Se a presa migrar para o semiaberto poderá fazer seis saídas temporárias ao longo do ano: no Dia das Mães, na Páscoa, no Dia dos Pais, no Dia das Crianças, Natal e Ano Novo. Ainda há a possibilidade dela estudar e trabalhar fora da unidade, tendo como ressalva voltar para dormir à noite.

Crime

O crime aconteceu no dia 29 de março de 2008, quando Isabella caiu do edifício London, na Zona Norte de São Paulo, onde Anna morava com Alexandre Nardoni, pai da criança. Os dois negam a autoria do crime e afirmam que uma outra pessoa invadiu o apartamento e matou a garota.