O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (11) o fim da emergência nacional para zika. A decisão foi tomada diante da redução do número de casos da doença e seis meses depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspender o estado de emergência internacional pelo vírus.
O estado de emergência teve início em novembro de 2015. À época, no entanto, a emergência era específica para microcefalia, uma má-formação até então considerada rara e que teve um aumento inexplicado no período, sobretudo nos Estados de Pernambuco e Paraíba. Na ocasião, já havia a suspeita de que a explosão de nascimentos de bebês com o problema era provocada pela infecção do vírus zika. A hipótese foi confirmada meses depois.
Desde então, o Brasil registrou 13.490 casos suspeitos de microcefalia, dos quais 2.653 foram confirmados. Há, no entanto, quase 2.900 casos ainda em investigação. Justamente por isso, o anúncio do fim da emergência nacional dividiu integrantes do Ministério da Saúde, de acordo com informações obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O receio maior é o de que, com o fim da emergência, a assistência a crianças com o problema, que hoje já é considerada falha, seja duramente afetada. Opositores da medida argumentam que, somente neste ano, já foram quase 1 mil novos casos suspeitos de microcefalia notificados. Embora bem menor do que o registrado no passado, é uma marca ainda considerada extremamente preocupante. Além disso, há ainda 3 mil crianças em investigação, com suspeita da doença.
A Secretaria de Vigilância em Saúde justifica o fim da emergência no Regulamento Sanitário Internacional.