O comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Wolney Dias, defendeu nesta quarta-feira (19) penas mais severas para assassinos de policiais. “Quem atenta contra a vida de policiais atenta contra o Estado. Esse é um ato de terrorismo. Eu defendo penas muito severas”, disse o comandante durante o enterro de um policial morto na última segunda-feira (17). “Esse tipo de crime deveria ser [punido com] prisão perpétua”, acrescentou.
O soldado Thiago Marzola de Abreu foi assassinado com um tiro na cabeça na noite de segunda durante patrulhamento na Favela da Tida, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Este ano, 89 policiais militares já foram mortos no Rio, 11 a mais do que em todo o ano de 2016. O soldado deixou esposa e um filho de apenas 2 meses.
Pelo Twitter, a Polícia Militar divulgou uma recompensa de R$ 5 mil para quem tiver informações sobre a morte de policiais. “Colabore com informações que levem à prisão de assassinos de policiais.#ValorizeQuemTeProtege #ApoieaPolicia @DDalertaRio #Parceria", diz o texto. Segundo a PM, as informações podem ser repassadas para o Disque-Denúncia, pelo telefone (21) 2253-1177, com anonimato garantido.
No começo da tarde de hoje, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira, prenderam um homem suspeito de participação no ataque a policiais da UPP do Telégrafo no início da semana, que resultou na morte do cabo Bruno dos Santos Leonardo, de 29 anos, com um tiro de fuzil na cabeça e um tiro na perna.
O suspeito, de 22 anos, foi encontrado em uma casa na região conhecida como Buraco Quente após uma denúncia anônima e encaminhado à Divisão de Homicídios da Capital, que está investigando o caso. Segundo o comando da UPP, o homem foi reconhecido pela equipe que patrulhava a comunidade no dia da morte do cabo Bruno Leonardo. Na PM há seis anos, o cabo estava em seu primeiro dia de trabalho na Base Avançada do Telégrafo, que faz parte do Complexo da Mangueira.