O juiz Gabriel Medeiros, da 1ª Vara da Comarca de Presidente Venceslau, condenou seis advogadas do PCC com base na lei de organização criminosa. Uma das acusadas recebeu a pena de 17 anos e dois meses de reclusão; outra, de dez anos e seis meses de reclusão; e as demais de oito anos e nove meses de reclusão, todas em regime inicial fechado.
A denúncia decorreu de investigações que ficaram conhecidas como Operação Ethos. Outros advogados também já foram condenados pelo mesmo crime. Cabe recurso da decisão.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, as acusadas integravam uma rede que atuava em favor de organização criminosa. O grupo prestava assistência a familiares e a detentos, com a utilização de dinheiro de origem ilícita.
Na sentença, o juiz Gabriel Medeiros afirmou que ficou caracterizado o envolvimento das advogadas com o PCC.
"Restou demonstrado que as acusadas aceitaram seguir todas as ordens e protocolos para integrar a organização criminosa denominada Primeiro Comando da Capital, no âmbito de seu célula jurídica 'sintonia dos gravatas'. Estavam à disposição da facção para realizar as tarefas que lhes fossem atribuídas, ainda que dentro de suas áreas de atuação. Sabiam que eram financiadas por uma organização criminosa que pratica os mais diversos crimes", anotou o magistrado.