Lava Jato: PF mira desvios de R$ 73 milhões em pães para presos no Rio

De acordo com o MPF, foram desviados cerca de R$ 73 milhões dos cofres públicos
JC Online
Publicado em 13/03/2018 às 7:39
De acordo com o MPF, foram desviados cerca de R$ 73 milhões dos cofres públicos Foto: Foto: EBC


Na manhã desta terça-feira (13), a Polícia Federal está nas ruas do Rio de Janeiro para cumprir 14 mandados de prisão, onde 9 são temporárias e 5 preventivas ligadas ao desdobramento da Operação Lava Jato. Segundo informações do portal G1, as autoridades prenderam o delegado Marcelo Martins, atual Diretor Geral de Polícia Especializada, e o ex-secretário da Seap na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, o coronel César Rubens Monteiro Carvalho.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), foram desviados cerca de R$ 73 milhões dos cofres públicos.

Ainda segundo as informações apresentadas durante a investigação, os suspeitos faziam parte de um esquema de superfaturamento e fraude no fornecimento de pão para os presos. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) afirmou que a Seap pagava até duas vezes mais pelo pão que era fornecido aos presos.

Esquema

Seria no café da manhã e no lanche dos presos onde estariam o maior foco das irregularidades. Haveria um contrato que envolvia o funcionamento de padarias dentro do complexo de Bangu. Um contrato era para o forncimento do pão e outro para comprar ingredientes.

O esquema funcionava da seguinte maneira: a Iniciativa Primus instalou equipamentos para a fabricação de pães dentro do presídio, utilizou a mão-de-obra dos presos, usou a energia elétrica, a água, os ingredientes fornecidos pelo estado e ainda cobrava pelo pão.

O TCE confirmou a ausência da folha de presença. Ou seja, não teria como comprovar que o serviço foi realmente prestado pelos presos. Com relação ao fornecimento dos ingredientes era utilizado um outro contrato, onde era cobrado um valor ainda mais alto.

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