Estudo diz que cigarro eletrônico pode ser mais tóxico que nicotina

Composição química dos vaporizadores não seguem um padrão. Quanto mais ingredientes, maior toxicidade
JC Online
Publicado em 29/03/2018 às 16:44
Quarentena termina estimulando hábitos de risco: pernambucano passou a fumar mais Foto: Foto: Fotos Públicas


Um estudo publicado terça-feira (27) na revista PLOS Biology defende que os cigarros eletrônicos podem ser mais tóxicos que os convencionais. Isso aconteceria porque os líquidos utilizados podem ter composições que não seguem um padrão e têm capacidade de ser ainda mais prejudiciais que a nicotina. A conclusão é resultado de uma pesquisa feita pelo professor de biologia celular e fisiologia da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Robert Tarram explica que, no cigarro eletrônico, os ingredientes básicos são glicerina vegetal e propilenoglicol, substância também vegetal. Além deles, incluem pequenas quantidades de nicotiza e compostos aromatizantes, evidenciando a toxicidade dos cigarros. O pesquisador e ainda alerta que o órgão de vigilância sanitária dos EUA, o Food and Drug Administration (FDA), irá regulamentar o produto, uma vez que está se popularizando. No Brasil, a venda é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda que seja comercializado em sites e tabacarias em todos os estados.

Análise

Na pesquisa, cientistas avaliaram amostras de 148 líquidos e fizeram análise. Todos possuíam composições químicas diferentes. Quanto mais ingredientes, maior a toxicidade das substâncias testadas. Os mais perigosos identificados foram os saborizadores vanilina e cinamaldeído. A preocupação é consequência da falta de informação dos usuários sobre a composição do que estão tragando. No mercado norte-americano existem mais de 7,5 mil tipos de vaporizadores.

TAGS
nicotina saúde Cigarro eletrônico cigarro tóxicos
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory