Caso Marielle: Polícia encontra digitais em cápsulas do assassinato

As cápsulas foram encontradas nas ruas onde o crime aconteceu
JC Online com Estadão Conteúdo
Publicado em 10/04/2018 às 20:35
As cápsulas foram encontradas nas ruas onde o crime aconteceu Foto: Foto: Reprodução


Policiais que investigam o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes colheram digitais parciais do possível responsável pelas mortes. As informações são do jornal O Globo, que ainda diz que as digitais foram achadas em cápsulas encontradas pela perícia nas ruas onde crime aconteceu.

Os peritos examinaram nove cápsulas, das quais oito são do lote UZZ 18, que foi vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) para o Departamento da Polícia Federal em Brasília. De lá, as munições seguiram para todo o Brasil. A nona, segundo os investigadores, tem particularidades que se assemelham à de um projétil alvejado em outro homicídio acontecido no Rio de Janeiro.

Segundo a perícia, as digitais encontradas estão em fragmentos. Isso quer dizer que não é provável, pelo menos agora, compará-las com o banco de dados das polícias do Rio de Janeiro e Federal. No entanto, ainda assim é viável fazer um confronto com algum suspeito.

Em entrevista ao Globo, um dos policiais que participa da investigação afirmou que as digitais são microscópicas, mas que mesmo assim a polícia está fazendo um "esforço" para decifrá-las.

Procurador diz que investigação segue de forma positiva

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, disse na segunda-feira (9), após uma reunião de cúpula da segurança, que as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, "caminham de forma positiva". Os dois foram mortos no dia 14 de março e, até agora, ninguém foi responsabilizado pelo crime.

"Fizemos uma reunião de trabalho para alinhar algumas questões ligadas à investigação do caso Marielle/Anderson", disse o procurador-geral, lembrando que o caso continua sob sigilo. "Foi uma reunião muito positiva, acredito que as investigações caminham de forma positiva."

No último domingo (8) um colaborador da investigação do assassinato de Marielle e de Anderson foi morto na Zona Oeste do Rio de janeiro.

De acordo com relatos de testemunhas ao 18º Batalhão da Polícia Militar, pouco antes de atirar contra a vítima, um dos assassinos teria gritado: "Chega para lá que a gente tem que calar a boca dele". Em seguida, executou o colaborador.

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