As forças segurança fazem hoje (21) uma operação nas comunidades da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, como parte das ações da intervenção federal na segurança pública do estado. Facções criminosas que dominam as duas favelas estão há vários dias disputando o controle pelos pontos de venda de drogas nesses locais.
A operação envolve o cerco das comunidades, patrulhamentos, revistas em veículos, verificação de antecedentes criminais e remoção de barricadas. Algumas ruas e acessos na região poderão ser interditados e setores do espaço aéreo controlados com restrições para aeronaves civis.
Participam da ação, 1.800 militares das Forças Armadas e 50 policiais militares, além de duas equipes do Corpo de Bombeiros com cães farejadores. A Marinha faz patrulhas nas áreas marítimas vizinhas e a Aeronáutica atua com helicópteros sobre a região.
Nessa quarta-feira (20), uma ação conjunta da Polícia Civil e do Exército ontem no Complexo da Maré resultou na morte de sete pessoas, entre elas um adolescente de 14 anos, que foi baleado próximo da escola onde estudava. Marcos Vinicius da Silva chegou a ser levado para o Hospital Getúlio Vargas e passou por cirurgia, mas não resistiu ao ferimento.
Logo depois da morte, no fim da noite, moradores fizeram protestos em que fecharam a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. Manifestantes chegaram a atear fogo em um ônibus.
Segundo a Polícia Civil, o objetivo da operação era cumprir 23 mandados de prisão e prender os suspeitos de terem participado da morte do chefe de operações da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), que morreu com um tiro na cabeça na semana passada, durante operação policial, na favela de Acari. Algumas comunidades da Maré são dominadas pela mesma facção que controla a venda de drogas de Acari.
De acordo com o Comando Militar do Leste, o Exército apenas apoiou a operação da Polícia Civil “logisticamente com dois veículos blindados, realizando o transporte em segurança dos agentes até os pontos assinalados por eles, como parte da operação”.