Câncer do Pâncreas é um dos tipos mais comuns entre brasileiros

Os sintomas da doença confundidos com outras e a descoberta do câncer em estágio avançado aumenta a taxa de mortalidade
Estadão Conteúdo
Publicado em 18/07/2018 às 12:29
Os sintomas da doença confundidos com outras e a descoberta do câncer em estágio avançado aumenta a taxa de mortalidade Foto: Foto: Stephen Travarca / AFP


Atualmente, o câncer do pâncreas é um dos tipos mais comuns da doença entre os brasileiros, ocupando o 4º lugar em incidência entre as mulheres e o 5º para os homens. Esse cenário, porém, fica ainda mais desafiador: a maioria dos casos é detectada já em estágio avançado e o principal motivo são os sintomas da doença, que podem ser facilmente confundidos com os de outras condições mais brandas. Por causa disso, a taxa de mortalidade deste tipo de câncer é considerada alta.

Tipos de câncer do pâncreas

Exócrinos: São o tipo mais comum, principalmente o adenocarcinoma de pâncreas - que responde por cerca de 95% dos casos.

Endócrinos: Muito mais raros em relação aos exócrinos, atingem cerca de 5% dos pacientes com a doença.

Segundo o dr. Eduardo Fernandes, referência em cirurgias hepatobiliares e pancreáticas do Hospital São Lucas Copacabana, o paciente deve ficar atento às dores de barriga persistentes, diminuição de peso sem explicação, náuseas e urina de cor alterada, já que qualquer um deles pode indicar o diagnóstico do câncer no pâncreas. A quantidade e a intensidade dos sintomas variam conforme o local afetado do pâncreas e o tamanho do tumor.

"Os pacientes com casos de câncer na família devem ficar ainda mais alertas aos sintomas, já que essa doença tem caráter hereditário e pode surgir antes dos 40 anos em quem tem predisposição. Neste caso, adotar as medidas de prevenção é a melhor saída para diminuir as chances de desenvolvimento do câncer", explica o médico.

Como o câncer do pâncreas é causado, na maioria das vezes, por fatores ambientais e gerados a partir de um estilo de vida específico, como obesidade, tabagismo e sedentarismo, mudar esse cenário desfavorável aumenta as chances do paciente não vir a sofrer com a condição.

Segundo o dr. Eduardo, a melhor forma de se proteger contra a doença é através da prevenção, adotando um estilo de vida mais saudável.O risco de desenvolvimento da doença aumenta conforme a idade, tanto que a maioria dos casos estão concentrados em pacientes acima dos 50 anos

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